Morador relata momentos de terror durante ataque de criminosos, em Guarapuava

Tiago Martins mora próximo à empresa transportadora de valores que foi alvo do ataque

Os guarapuavanos viveram momentos de terror na noite de domingo (17) e madrugada desta segunda-feira (18). Um grupo de criminosos atacou a sede do 16° Batalhão de Polícia Militar (PM) e a empresa transportadora de valores Protege – conhecida também pelo antigo nome utilizado pelo grupo: Proforte. 

O morador Tiago Martins, que é vizinho da empresa localizada no Bairro dos Estados, relata que o ataque começou por volta das 22h, e os tiros tinham barulho semelhante a fogos de artifício. “Eu fui dar uma olhadinha na minha janela e estava… dava para ver que era tiro, metralhadora, bomba, fuzil, era uma loucura”, afirma. 

Ao perceber que os criminosos estavam com armamento pesado, Tiago diz que deitou no chão, buscou proteção e passou a acompanhar a situação pelas redes sociais. 

Rapidamente, imagens começaram a circular em grupos da cidade. Um dos registros mostra veículos incendiados nas saídas do 16° BPM; outros, trazem barulhos de disparos em diferentes pontos da cidade. 

“Eu não consegui ir no meu quarto. Passei a noite toda acordado no chão, você ficava muito em pânico. Foi uma sensação de praticamente duas horas de tiroteio sem parar”, diz Tiago, relatando que há marcas de bala numa placa de publicidade, do lado do prédio em que mora, e o prédio vizinho teve um vidro estilhaçado. 

Tiago Martins vivenciou momentos de terror durante a tentativa de assalto – Foto: Redação

O morador comentou uma situação registrada em vídeo, em que guarapuavanos foram usados para fazer uma “barricada humana”. “Eles seguravam aqui e lá embaixo, então ninguém passava”. 

Tiago também conta que por pouco não estava na rua no momento da tentativa de assalto. Acontece que ele ia visitar seu irmão e teria de passar em frente à Protege; no entanto, acabou desistindo.

SEGURANÇA 

Em um áudio divulgado nesta segunda, o comandante do 16° Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Joas Marcos Carneiro Martins, afirma que a situação “é de tranquilidade” nesta manhã. “As aulas podem continuar, o comércio pode continuar aberto”, disse. 

Joas relata que a ação dos criminosos foi frustrada pela ação das forças de segurança e que, agora, estão sendo feitas buscas na área rural do município, para onde eles fugiram.

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