I Mostra de Produtos 3D na Aldeia Indígena
Estudantes da Escola Estadual Indígena Arandu Pyahu puderam apresentar as possibilidades no universo da modelagem e impressão 3d
Foi realizada na terça-feira, 18, a I Mostra de Produtos 3D na Escola Estadual Indígena Arandu Pyahu. A ação é resultado do Projeto Capacita Tech – Valorização de Talentos, uma parceria entre Fundação Banco do Brasil e Cilla Tech Park, com apoio do Núcleo Regional de Educação de Guarapuava e a Prefeitura de Turvo. O projeto busca promover a inclusão social e produtiva de crianças, jovens e mulheres por meio da capacitação em tecnologia e inovação, promovendo o empoderamento, além de fomentar o desenvolvimento de negócios e projetos inovadores, gerando impacto social e econômico positivo na comunidade.
Na Mostra estavam presentes lideranças, como Vilso Dubena, presidente do Cilla Tech Park. Segundo ele, o projeto vai de encontro com o propósito do parque tecnológico de proporcionar o desenvolvimento regional. “Hoje é um dia muito importante, eu lembro quando a gente iniciou no Cilla Tech Park, os projetos para desenvolver Guarapuava e a região, e já transbordou para a aldeia indígena. Graças a esta parceria podemos trazer para cá inovação e tecnologia e, principalmente, desenvolver nas crianças indígenas o potencial que a gente está vendo que eles têm aqui”, afirmou.
Durante o ano, estudantes da comunidade indígena da região de Turvo, tiveram aulas sobre modelagem e impressão 3D, robótica, empreendedorismo e educação financeira, sempre valorizando as questões culturais.
Para Jeronimo Gadens do Rosário, prefeito de Turvo, a parceria é de grande importância para a comunidade. “Entendemos que é uma forma dos nossos estudantes que estão aqui no interior, dentro das reservas indígenas, terem acesso a essa tecnologia, onde com certeza no futuro e breve poderão utilizar em outros momentos, dentro da sua vida profissional”, comentou.
Para Tony Luiz, Secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, o projeto é fundamental pois leva a inovação e proporciona a valorização dos povos indígenas. “Nós podemos ver aqui os trabalhos dos alunos do projeto, dos produtos, dos materiais apresentados por eles, que traz a tão importante atualização digital através das ferramentas tecnológicas, preparando uma inclusão produtiva, mas também uma inclusão social, que traz um desenvolvimento sustentável para a nossa comunidade”, explicou.
Na Mostra, os estudantes puderam mostrar seu domínio no uso das canetas 3D. “Agora eles já estão produzindo, eles fazem o desenho no papel e pegam a caneta 3D e já sabem operar, além de operar a caneta 3D, a gente teve um curso com eles de drone. Então cada aluninho pôde aprender a pilotar um drone, foi muito divertido e transformador pra gente. São crianças da educação de base que estão aprendendo a usar a tecnologia e como essa tecnologia no futuro pode vir a transformar a vida deles”, afirmou Jhonnathan Ferreira, Maker do Espaço Maker do CTP e professor do projeto.
No evento, a escola recebeu canetas 3D e um drone para que possam dar continuidade nas atividades e os estudantes continuem criando e sendo estimulados na criatividade e inovação.
Também foram apresentados balaios, suportes, dragões, lagartos, polvos, entre outros objetos produzidos nas impressoras 3D, para mostrar o potencial do universo 3D no empreendedorismo cultural.
Paulina Paracatu, professora do Núcleo Regional de Educação de Guarapuava, acompanhou as aulas do projeto, pôde participar das atividades, segundo ela a ação é válida não só para os alunos do projeto, mas para todos da escola e da comunidade. “Eu vi o desenvolvimento deles, as brincadeiras, os drones, as artes que eles fizeram são muito bonitos e eles aproveitaram bastante. Esse projeto veio para movimentar o dia a dia deles e eles aproveitaram bastante. É válido para nós e principalmente para as crianças, para eles pensarem mais no futuro, para estar fazendo os artesanatos, e tendo as técnicas que o curso trouxe para nós”, explicou.
No evento, a escola recebeu canetas 3D e um drone para que possam dar continuidade nas atividades e os estudantes continuem criando. É levando a cultura da inovação desde a base que proporcionamos a toda a sociedade, melhores futuros.