Manifestação reúne policiais da reserva e familiares, em Guarapuava

A pauta do protesto inclui o pagamento de uma data-base acumulada em 35%, definição de uma carga-horária de trabalho e a equiparação do subsídio com a tabela da Polícia Civil

Policiais militares da reserva e familiares se reuniram no Centro de Guarapuava nesta sexta-feira (17) para uma manifestação pedindo o pagamento de uma data-base acumulada em 35%, a definição de uma carga horária de trabalho e a equiparação do subsídio com a tabela da Polícia Civil.

O encontro começou às 10h30 na Praça 9 de Dezembro e reuniu dezenas de manifestantes, que carregaram faixas expondo as demandas da categoria.

Em entrevista coletiva no local, o policial da reserva Paulo César, conhecido como PC, afirmou que a data-base não é reajustada desde 2016, o que causou o acúmulo de 35%.

“E esse 3% [de reajuste] que o governo está ofertando agora, não é em cima desse retroativo. Está dando 3% a partir de janeiro, em uma inflação de 10%. Hoje nossas perdas salariais estão em torno de 45%, a contar de 2022”, disse Paulo, citando que o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) decidiu que o pagamento da data-base não é inconstitucional.

Outras duas pautas levantadas pelos manifestantes são a definição de uma carga horária de trabalho para a categoria e o fim do desconto previdenciário de 10,5% dos reservistas que recebem abaixo do teto.

“Essa escala e essa extrajornada de 80h semanais ou 60h, que seja, é desumana. Senta com o policial, senta com as associações, conversa com elas”, ressaltou Paulo César. “Vamos parcelar essa data-base. ‘Ah, pago em tanto tempo’, mas pague. Nós temos policiais passando fome”.

SUBSÍDIO
Os manifestantes também defendem a unificação do subsídio com a tabela da Polícia Civil do Paraná. No caso dos policiais militares, Paulo disse que é necessário “reaquecer” a tabela que está parada há muito tempo.

INATIVOS
A administração estadual criou mecanismos para incluir policiais da reserva em algumas funções remuneradas, como nos colégios cívico-militares e na segurança das estradas, com o fim das concessões do pedágio.

Na avaliação de Paulo César, muitos profissionais estão atuando nestas áreas por conta do salário defasado.

“Eu quero isso como opção. Eu quero ir para a escola trabalhar se eu quiser, no pedágio se eu quiser, e não por ‘precisão’. Me dá meus 35% e se eu for para uma escola cívico-militar trabalhar, se eu for para o pedágio, vou por boa vontade”, afirmou.

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