‘Guarapuava hoje é protagonista’, diz presidente da Acig
Em entrevista exclusiva ao CORREIO, a presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig), Elaine Scartezini, fala sobre as dificuldades pelo setor durante a pandemia da Covid-19 e as expectativas para o próximo ano
A presidente da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig), Elaine Scartezini, afirma, em entrevista exclusiva ao CORREIO, que a vacinação está tendo um importante peso para a retomada econômica. Inclusive, esse foi um pedido do setor, ampliando a imunização para todos os guarapuavanos.
“Com uma parcela cada vez maior da população imunizada, mais gente sente-se confortável para sair de casa e, consequentemente, prestigiar nossos estabelecimentos”, afirma a presidente. “E nós sabemos que as lojas físicas ainda são o local preferido das pessoas. Isso reflete também na contratação de mais colaboradores e, principalmente, no retorno de setores que estavam completamente parados, como o de eventos.”
Observando as transformações dos últimos anos, Scartezini afirma que hoje “Guarapuava é protagonista”, sendo um polo regional no Centro-Sul do Paraná.
“O setor empresarial está de parabéns, nos mostrou que é necessário trabalhar arduamente para superar os desafios impostos pelo mercado e continuar crescendo, gerando riquezas para Guarapuava. E tem desafio maior que um período pandêmico?”, pergunta.
Confira os principais pontos da entrevista com a presidente da Acig:
Quais foram os principais impactos sofridos pelo setor comercial/empresarial em decorrência da pandemia?
Além de algumas empresas que não conseguiram manter as portas abertas, acho que o mais visível é com relação aos colaboradores. Alguns passaram a trabalhar de casa e outros perderam seus empregos neste período. Acredito que parte retornará ao mercado de trabalho ainda neste fim de ano, período em que a demanda cresce no varejo por conta das festividades de fim de ano. Outro fator que percebemos foi o comportamento de compra dos clientes, que passaram a efetuar muitas compras no modo on-line. Isto levou a adaptação de muitos empresários e comerciantes em Guarapuava, que criaram logísticas eficientes para atendimento digital e entrega dos pedidos (delivery, drive thru, take away).
Falando de Natal, quais são as expectativas para a data?
As expectativas são as melhores. Estamos percebendo nossos associados com uma força muito grande, com vontade de fazer essa retomada econômica acontecer, aproveitando o potencial desta data. E prova disto a gente percebe na pesquisa realizada pela Faciap neste período, que mostra comerciantes otimistas para o Natal.
Ainda nesse sentido, qual a projeção do setor produtivo para o próximo ano?
Com relação ao próximo ano, de maneira geral, os comerciantes estão esperançosos com o rumo do seu negócio, afinal, precisamos acreditar que será um bom ano. Sabemos que a movimentação da economia neste último trimestre traz desdobramentos para o início do ano seguinte, com a reposição de estoques e com os empregos temporários tornando-se definitivos.
Neste aniversário de 202 anos de Guarapuava, como a senhora vê a cidade no futuro?
Apesar de todas as dificuldades enfrentadas pela classe produtiva durante esses dois anos atípicos, foram meses de aprendizados ao enfrentarmos todas as adversidades. Juntos, ultrapassamos os desafios e amadurecemos na gestão das nossas empresas. Assim, diante das decisões rápidas que o período pandêmico exigia, união e colaboração tornaram-se palavras-chaves dentro do setor e vieram para ficar, pois aprendemos que juntos somos mais fortes. Contem sempre com a nossa entidade. A Casa do Empresário de Guarapuava está de portas abertas para o futuro da nossa cidade.