Sonho que virou realidade: Discoteca Beer une linha retrô e diversidade musical em Guarapuava

Em entrevista ao CORREIO, proprietária Luana Lopes Jdnyczuk conta que o sonho sempre foi comandar um bar de baladas na chamada Capital da Cevada e do Malte. Desde janeiro de 2023, sua casa promove pagode, MPB, rock, karaokê e festa flashback ao público guarapuavano

Sabe aquela frase “tudo isso aqui um dia foi sonho e hoje é realidade”? É possível de aplicá-la ao caso da empreendedora Luana Lopes Jdnyczuk (37 anos). Ela tinha o sonho de administrar um bar de baladas, local para ouvir boa música e entreter o público. E isso se tornou real.

Desde janeiro de 2023, Luana comanda a Discoteca Beer, uma casa noturna incrustada na rua Capitão Frederico Virmond, região central de Guarapuava, a poucas quadras da Praça Cleve, famoso point boêmio e gastronômico da cidade.

“O sonho era ter um bar diferente. Totalmente diferente dos barzinhos que você vai, senta e come”, diz, em entrevista ao CORREIO. Na verdade, ela conta que juntou o sonho com o gosto por antiguidades: filmes, objetos, músicas etc. “Eu amo flashback, então eu fiz uma casa voltada ao retrô”, destacando que é a “casa de todos os ritmos”, com espaço para pagode, MPB, rock, festa flashback e, claro, o karaokê. O ecletismo é o norte.

Toda a idealização da Discoteca partiu de Luana, mas ela contou com a ajuda fundamental de Marcio Caldas (in memoriam) e Andreia Sequinel, um casal que abraçou o sonho e ajudou a construir o espaço. “Aqui, tem um pedacinho de cada um da família: tem meu, tem do Marcio e da Andreia, tem do meu irmão, da minha irmã. Cada pedacinho, cada parede, é a ideia de um”, diz Luana.

O xodó da decoração é uma imagem clássica na parede de Michael Jackson, popstar que mudou os rumos da música a partir no século 20. “Foram três dias de trabalho”, explicando que demorou todo esse tempo porque, primeiro, foi desenhado, depois pintado e aplicadas lantejoulas com uma pinça, uma a uma.

A casa toda levou 15 dias para ficar pronta e decorada, com trabalho intenso da manhã até a madrugada do dia seguinte.

Empresária com o Michael Jackson ao fundo, imagem que deu bastante trabalho para ser feita, mas que hoje é xodó da casa (Foto: Cristiano Martinez)

PÚBLICO
Segundo a empresária, o povo gostou da proposta do projeto, principalmente do karaokê, que é quando o público pode cantar junto as músicas escolhidas previamente. “Porque, na cidade, não tem um lugar com karaokê. Teve outros barzinhos que adotaram o karaokê, mas não deu certo”, informando acreditar que a Discoteca é o único hoje, em Guarapuava, com esse tipo de divertimento.

Aliás, os apreciadores do karaokê não se importam se estão cantando bem ou mal, pois o mais importante é se divertir. “É o melhor público que existe”, declarando que nunca houve episódio de briga ou confusão, estendendo a informação para outros públicos: pagodeiros, sertanejos, roqueiros, flashback. “Aqui, no karaokê, virou uma casa de amigos, pois todo mundo conhece todo mundo”.

TRAJETÓRIA
Antes de mergulhar no mundo do entretimento, Luana Lopes Jdnyczuk trabalhou como motorista de aplicativo e em uma empresa de comunicação visual, ao mesmo tempo, em horários diferentes. A Discoteca Beer é a sua primeira experiência na administração de uma casa noturna.

Literalmente, ela teve de trocar o dia pela noite, já que começa o atendimento às 20h e não tem hora para fechar, varando a madrugada em muitos casos. Mas antes, claro, tem todo o trabalho de preparação da Discoteca para receber os clientes e, no dia seguinte, a limpeza do espaço. “De dia, eu cuido de toda a manutenção e, à noite, venho trabalhar”, explicando que acumula também a função de gerente, orientando os funcionários.

É um trabalho sobrecarregado, reconhece, porém é bom. “Me chamam de guerreira. Mas eu já acho que é muita loucura”, dizendo que a sua filha também ajuda no dia a dia, após os estudos.

Ambiente interno com mesas e cadeiras (Foto: Cristiano Martinez)

CARDÁPIO
Além da tradicional bebida, a casa serve porções aos frequentadores em noites de normalidade. Inclusive, com mesas e cadeiras para o público se aconchegar.

Mas, em dias de shows, como neste sábado (12), quando cinco bandas se apresentarão no Paranoia Fest, a dinâmica é alterada para liberar mais espaço na pista que dá acesso ao palco. O mobiliário sai de cena para o pessoal ter maior liberdade de se movimentar.

Luana explica que, em noites de pagode e karaokê, por exemplo, os clientes preferem o conforto das mesas. Mas, com o rock, a coisa muda de figura, com pessoas em pé, pulando e dançando.

Aliás, as festas de flashback também primam pelo espaço livre, com a presença de até quatro DJs animando a noite/madrugada.

SONHO
Luana finaliza a entrevista dizendo que se a pessoa tem um sonho, ela precisa ir atrás e lutar de verdade. “Se eu fosse esperar, eu não estaria aqui hoje. Tem de arriscar. Ou você arrisca, ou fica na espera”, destacando que, em seu caso, foi com a cara e a coragem.

Claro que a empresária reconhece que a Discoteca Beer ainda está se acertando, pois ela nunca tinha trabalhado à frente de um comércio, ainda mais no ramo do entretenimento, que envolve usuários e artistas. “A responsabilidade é muito grande”, dizendo o quanto é importante dar o melhor de si e tratar bem o cliente.

Por isso, a empreendedora diz que é fundamental aproveitar a vida, que passa muito rápido, é um sopro. “A gente perde as pessoas, perde amigos, perde pessoas da família. Então, cada momento tem de ser único, dando o melhor de si”, acreditando em Deus.

PROGRAMAÇÃO
Para a próxima semana, a Discoteca Beer terá karaokê, com entrada free; e música ao vivo no domingo com o cantor sertanejo Willian Taylor, seguido de flashback.

SERVIÇO
Localizada na rua Capitão Frederico Virmond, 1.560, no Centro, a Discoteca Beer funciona de quarta-feira a domingo, sempre a partir de 20h. Para saber sobre a programação, acesse suas redes sociais: Facebook (AQUI) e Instagram (AQUI); telefone para contato: (42) 99865-4405.

Às segundas e terças-feiras, a casa fica fechada para manutenção e limpeza.

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