O Dia Mundial do Rock que é comemorado somente no Brasil… de novo

Tudo começou em 13 de julho de 1985, quando foi realizado um grande evento chamado Live Aid, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos. Confira esta e outras notas sobre cultura e entretenimento na coluna: Rota do Rock em Brasília, Dia Estadual do Heavy Metal, livro “Quadrinhos no Brasil – vol. 1”, aniversário de morte de Hector Babenco, aniversário de João Bosco

Tem certas coisas que só acontecem no Brasil. Veja o caso do Dia Mundial do Rock. Comemorado anualmente no dia 13 de julho, que em 2021 cai nesta terça-feira, é uma data que só é lembrada no Brasil. Ou seja, o “mundial” é, na verdade, nacional.

Tudo começou em 13 de julho de 1985, quando foi realizado um grande evento chamado Live Aid, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos. O objetivo principal era conscientizar a população mundial sobre a drástica pobreza e a fome na Etiópia.

O evento contou com a presença de renomados artistas e grupos de rock da época, como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Rolling Stones, Sting, Scorpions, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou na Inglaterra e nos EUA), Eric Clapton, Black Sabbath, entre outros.

O show foi transmitido ao vivo para diversos países. Na ocasião, o cantor e baterista Phil Collins propôs que o dia 13 de julho fosse lembrado como Dia Mundial do Rock.

Mas a data não pegou. Ou melhor, pegou no Brasil. Mas tempos depois, em meados dos anos de 1990, quando duas emissoras de rádio de São Paulo (89 FM e 97 FM) lembraram do 13 de julho como Dia Mundial do Rock, que passou a ser celebrado somente no Brasil.

Brasília
Guitarras, baterias, sons e emoções no último volume. “Imagine ficar no exato local onde começou a banda Aborto Elétrico, a Legião Urbana, Capital Inicial, a Plebe Rude… Imagine saber o endereço onde começou aquela história”. A imaginação do músico Philippe Seabra, guitarrista de Plebe Rude, foi uma das responsáveis por tirar do papel um projeto de demarcar os endereços que fizeram Brasília (ou todo o Distrito Federal) ficar conhecida como a Capital do Rock. As informações são da Ag. Brasil.

O prédio onde morou Renato Russo é um dos pontos da Rota do Rock (Foto: Marcelo Camargo/Ag. Brasil)

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Justo nesta terça (13), Dia Mundial do Rock, o governo local inicia a implantação de placas de informação em 15 desses lugares. Ao todo, serão 41. Não à toa este roteiro foi batizado de Rota do Rock. Seabra é o curador dessa iniciativa – que tem recursos público-privados – para que, mesmo quando houver silêncio, os sons da memória toquem mais alto.

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A secretaria de Turismo do Distrito Federal explica que, quando o visitante chegar a um desses locais, poderá conhecer um resumo da história que aconteceu ali a partir de um QR Code que estará visível no local. As placas terão iconografia e identificação por uma nota musical.

Heavy Metal
Além do Dia Mundial do Rock, os paranaenses também podem comemorar outra data relativa a esse gênero musical. No Paraná, por exemplo, a Assembleia Legislativa aprovou em 2019 o projeto de lei (do deputado estadual Douglas Fabrício) que instituiu o Dia Estadual do Heavy Metal em 8 de junho, em homenagem ao cantor, compositor, pianista e maestro brasileiro André Matos, que faleceu em 8 de junho de 2019.

Homenageado
André Matos foi um cantor, compositor, maestro, produtor e pianista brasileiro, conhecido por ter sido vocalista das bandas Viper, Angra e Shaman. O artista vendeu milhões de cópias durante a sua carreira. Também capitaneou os projetos Virgo e Symfonia, além de ter feito participações especiais em bandas como Avantasia. Desde outubro de 2006, estava em carreira solo.

Quadrinhos
A editora Heroica, que é comandada por Manoel de Souza (ex-revista “Mundo dos Super-Heróis), inicia nesta quarta-feira (14), às 18h, a campanha de financiamento de seu novo livro. O que se sabe até aqui é que a obra deve se chamar “Quadrinhos no Brasil – vol. 1”.

Quadrinhos 2
Junto com Maurício Muniz, Manoel de Souza escreveu e publicou “O Império dos Gibis: A incrível história dos quadrinhos da Editora Abril” em 2020, pela editora Heroica. Ao longo de mais de 500 páginas, a dupla de autores narra a trajetória dos quadrinhos daquela que já foi a maior editora de quadrinhos da América Latina. É uma leitura obrigatória para quem curte a Nona Arte.

Babenco
A terça-feira (13 julho) marca os cinco anos da morte do cineasta argentino naturalizado brasileiro Hector Babenco. Ele é diretor de filmes como “Pixote, A Lei do Mais Fraco” (1980) e “Carandiru” (2003), além de “O Beijo da Mulher Aranha” (1985), pelo qual recebeu a indicação ao Oscar de melhor direção em 1986. Seu último filme foi “Meu amigo hindu” (2015).

Bosco
O cantor, compositor e violonista mineiro João Bosco completa 75 anos nesta terça-feira (13). Uma de suas parcerias mais conhecidas foi com Aldir Blanc, quando compôs grandes canções: “O Mestre Sala dos Mares”, “O Bêbado e a Equilibrista”, “Bala com Bala”, “Kid Cavaquinho”, “Caça à Raposa”, “Falso Brilhante”, “O Rancho da Goiabada”, “De Frente pro Crime”, “Fantasia”, “Bodas de Prata”, “Corsário”, dentre muitas outras.

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