Horta Comunitária do bairro Feroz II transforma vidas e alimenta esperanças

Projeto faz parte do programa “Vida Rural”, da Secretaria de Agricultura. Nesse bairro, a terra está sendo cultivada não apenas com hortaliças, mas também com esperança, cooperação e uma visão de futuro mais saudável para todos os seus habitantes

As hortas comunitárias têm se destacado como uma iniciativa vital para fortalecer o tecido social dos bairros e vilas, proporcionando não apenas alimentos frescos e saudáveis, mas também um senso de comunidade e cooperação. No bairro Feroz II, em Guarapuava, a horta comunitária tem florescido como um projeto modelo, impulsionado pela colaboração da Secretaria de Agricultura e pelo empenho dos moradores locais.

De acordo com Paula Karpinski, técnica agrícola da Secretaria de Agricultura, “o projeto de hortas comunitárias está inserido em um programa maior da Secretaria de Agricultura, que é o programa Vida Rural”. Segundo ela, o projeto visa atender, principalmente, as famílias carentes dos bairros de Guarapuava. “Atualmente nós temos seis hortas que estão funcionando, ou dando seus primeiros passos, e a horta aqui do Feroz II é a segunda horta, e é uma das maiores que a gente tem atualmente”, contou.

Itamar Pizzato, assessor da Secretaria de Agricultura, explicou como funcionam as hortas em Guarapuava. “Insumos como sementes e mudas são fornecidos inicialmente por nós, enquanto a associação se mantém financeiramente sustentável pela venda de excedentes para cuidar de manutenções. Quanto às localizações das hortas, decidimos em conjunto, com preferência por terrenos públicos. Temos uma rede diversificada de terrenos estaduais, municipais e de associações, cada um com sua gestão específica. Desta forma, é viabilizada a transformação positiva de áreas anteriormente negligenciadas em espaços produtivos e respeitados pela comunidade. Estamos comprometidos em fortalecer essas parcerias e continuar impulsionando o sucesso de nossos projetos”, disse.

Essa iniciativa é um testemunho da colaboração entre o governo e a comunidade. Embora a Secretaria forneça recursos e orientações, a maior parte do trabalho é realizado pelas próprias pessoas da comunidade. A horta do Bairro Feroz II se destaca por abranger uma área extensa, beneficiando 23 famílias no total. Cada família possui um canteiro próprio, que pode ser compartilhado caso novas famílias se juntem ao projeto.

“Mas o principal de todos é a união de quem faz, de quem põe a mão na massa, que são as abençoadas senhoras aí que estão na luta“, complementou Itamar.

Foto: Secom Prefeitura

Uma das principais diretriz da horta é a organização. A área é mantida livre de plásticos e resíduos, seguindo um regulamento estabelecido que todos respeitam. Cada família decide o que plantar em seu canteiro, com uma preferência por alimentos como alface, chicória, repolho, rabanete, cebola e brócolis, escolhidos com base na viabilidade para o espaço disponível.

IMPACTO SOCIAL

O projeto não apenas enriquece as dietas das famílias, mas resulta em impacto social notável. Jane Cruz, responsável pela horta desde seu início, em janeiro, destaca como o trabalho comunitário contribui para uma alimentação mais saudável e, surpreendentemente, até para a saúde mental.

“Muito bom! É maravilhoso esse projeto, na verdade. Ele traz muitos benefícios para as famílias na parte da alimentação, que acaba ficando mais saudável. Tem pessoas que estão se curando da depressão, cuidando da horta, pessoas que não saíam de casa para nada, e hoje, têm um compromisso com o seu canteirinho”, afirmou.

A Secretaria de Agricultura de Guarapuava tem planos ambiciosos de instalar mais seis unidades até o fim de 2023, dobrando, portanto, a quantidade das hortas. Os resultados positivos já alcançados estão fortalecendo a confiança da comunidade no projeto.

Nesse bairro, a terra está sendo cultivada não apenas com hortaliças, mas também com esperança, cooperação e uma visão de futuro mais saudável para todos os seus habitantes. A horta comunitária do Bairro Feroz II se tornou um exemplo de como a colaboração entre a comunidade e as instituições pode gerar mudanças positivas e duradouras.

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