Deral aponta que plantio da safra 2022/23 de milho está em 7%

De acordo com o boletim semanal, a colheita da safra 2021/22 do grão atingiu 91% de área total, com um montante de 2,7 milhões de toneladas

O boletim semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), atualizou na quinta-feira (1° set) os números das safras 2021/22 e 2022/23 no Paraná. 

Segundo o documento, o plantio da primeira safra do grão começou entre os produtores paranaenses e já atinge 7% da área total, que é estimada em 406 mil hectares. Como já divulgado pelo Deral, a expectativa é uma produção da ordem de 4 milhões de toneladas.

“Já a colheita da segunda safra 21/22 ultrapassou 91% da área total de 2,7 milhões de toneladas”, diz o boletim.

No mercado, o Deral aponta que o preço recebido pelo produtor pela saca de 60 kg está cotado em torno de R$ 75, enquanto que no fechamento de agosto de 2021 estava em R$ 93. “Isso representa uma queda de 19%”, pontua.

Em relação à soja, a comercialização da safra 2021/22 atingiu 75% da produção estimada em 12 milhões de toneladas. E os preços permanecem estáveis, com cotação de R$ 170 para a saca de 60 kg.

“Este preço representa uma alta aproximada de 9% quando comparado ao fechamento de agosto de 2021 (preço recebido pelo produtor)”, diz o documento. “No campo, a expectativa do produtor está voltada, neste momento, para o início do plantio que vai acontecer a partir de 10 de setembro.”

CEVADA

Outro destaque do boletim divulgado é a cevada, cultura que tem o Paraná como principal produtor desde 2008. 

Segundo o Deral, esse mercado tem sido impulsionado pela produção de malte, e a ampliação das maltarias possibilitou o plantio de uma nova área recorde de 80,8 mil hectares, com chance de produção de 375 mil toneladas, caso as condições climáticas sejam favoráveis.

“É exatamente isso que se observa até o momento, com 95% das lavouras em boas condições e 5% em médias”, pontua o Departamento.

Segundo o documento, para atingir o recorde de 375 mil toneladas, a produtividade média deverá superar os 4.600 kg/ha, bastante acima dos 3.971 kg/ha colhidos em 2021. Em 2016, a produtividade chegou a 4.937 kg/ha. 

“Cabe ressaltar que, em 2016, além das condições climáticas extremamente favoráveis, a área ocupada pela cevada era praticamente metade da atual, e estava bastante concentrada entre os cooperados da Agrária, que têm mais acesso à tecnologia. Nesta safra, existe um percentual maior de fomento do plantio entre não cooperados, muitas vezes inexperientes com a cultura, que é bastante exigente”, diz o Deral.

FEIJÃO

Em relação à cultura do feijão, a primeira safra deve ter uma área da ordem de 122 mil hectares, com produção de 243 mil toneladas. Há uma redução do plantio em decorrência do avanço das áreas ocupadas com a soja.

“Porém, é importante destacar que o feijão vem ocupando grandes áreas na segunda safra, como foi o caso da última, que registrou 338 mil hectares e produziu 561 mil toneladas”, completa.

***Com Deral

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