Banda Titãs lança ‘Olho Furta-Cor’, 17º álbum de estúdio da carreira

Completando quatro décadas de história em 2022, a banda Titãs, nome seminal da geração do BRock dos anos de 1980, chega com disco novo em folha: “Olho Furta-Cor” (selo Midas Music).

O trabalho de inéditas está disponível nas plataformas digitais desde as primeiras horas desta sexta-feira (2). É o 17º álbum de estúdio do grupo formado hoje por Tony Bellotto (guitarra), Branco Mello (voz e baixo) e Sérgio Britto (voz, teclado e baixo), remanescentes da formação original; acompanhados de Mario Fabre (bateria) e Beto Lee (guitarra).

“A banda traz em seu disco crônicas tão atuais que torna impossível não compará-las aos clássicos dos Titãs do final dos anos 80 e início dos 90”, diz o material de divulgação, acrescentando que “Olho Furta-Cor” traduz a cara que o Brasil de 2022 deveria ter. “Um retorno urgente aos bons tempos”.

“Furta-cor é uma não cor e contém todas as cores, brilha por um instante cada uma, não as perde nunca mais, guarda tudo atrás do olho, e pulsa, ainda pulsa”.

O disco foi gravado e mixado no Midas Studios, em São Paulo, do produtor Rick Bonadio, que fez a direção geral e artística do trabalho. A produção é de Bonadio e Sérgio Fouad.

Ao jornal Folha de S.Paulo, Britto comentou que, mesmo com tantas mudanças na banda, a essência segue a mesma daquela dos anos 80, quando era um octeto. “Este álbum é para comemorar os 40 anos, mas também para provar para nós mesmos que a nossa química continua viva”.

“Olho Furta-Cor” reúne punk anarquista, MPB e até mesmo um coral indígena do Xingu e versos sobre uma catástrofe anunciada na faixa “Apocalipse Só”, que abre o disco.

Aliás, a violência e a política rondam o repertório inédito do novo trabalho.

Mas também abre espaço para a poesia de Haroldo de Campos, famoso poeta concreto. Em “São Paulo 3”, a estrofe “A luz da lua/Lampadófora/Que pinga no olho/Furta-cor” apresenta o nome do álbum.

FAIXAS
“Olho Furta-Cor” é formado por 14 faixas, nesta ordem: “Apocalipse Só” (Sérgio Britto, Tony Bellotto), “Caos” (Rita Lee, Roberto de Carvalho, Beto Lee), “São Paulo 3” (Sérgio Britto, Haroldo de Campos), “Como é Bom Ser Simples” (Branco Mello, Hugo Possolo, Bento Mello), “Raul” (Sérgio Britto), “Um Mundo” (Sérgio Britto, Tony Bellotto), “Há de Ser Assim” (Sérgio Britto), “Papai e Mamãe” (Sérgio Britto), “Eu Sou o Mal” (Tony Bellotto), “Por Galletas” (Sérgio Britto), “O Melhor Amigo do Cão” (Tony Bellotto, Branco Mello), “Preciso Falar” (Tony Bellotto), “Miss Brasil 200 Anos” (Mario Fabre), “São Paulo 1” (Sérgio Britto, Haroldo de Campos).

Antes do disco chegar às plataformas, os Titãs já haviam soltado o videoclipe oficial de “Caos” em 14 de julho. Com direção de Otavio Juliano e Luciana Ferraz, é um clipe centrado na figura de Branco, Tony e Sergio, tocando com o restante do grupo em estúdio e fazendo também a mise-en-scène.

Essa composição de Rita Lee, Roberto de Carvalho, Beto Lee tem uma letra anarquista e de revolta, conforme o trecho: “Da excrescência calhorda/Da horda de Vossas Excelências/Cuspindo no microfone/Cheirando a enxofre”.

Para ouvi-las, acesse o link: https://midasmusic.ffm.to/olhofurtacor

HISTÓRIA
Titãs é uma banda de rock formada na cidade de São Paulo, em 1982. Embora originalmente tocasse pop-rock alternativo em seus primórdios, o grupo também já utilizou diversos outros gêneros ao longo de quase 40 anos de carreira, como new wave, punk rock, grunge, MPB e música eletrônica.

A formação inicial contava com nove integrantes, fato raro para a época: Arnaldo Antunes, Branco Mello, Ciro Pessoa, Sérgio Britto, Nando Reis, Paulo Miklos, André Jung, Marcelo Fromer e Tony Belloto. Logo, Ciro saiu e depois Jung foi trocado por Charles Gavin.

Com o decorrer do tempo, novas baixas com as saídas de Arnaldo, Nando, Gavin e Miklos. O guitarrista Fromer morreu em consequência de um acidente de trânsito.