Jovens aprendem a pesquisar e a propor soluções para a melhoria da cidade 

Projeto do Departamento de Geografia da Unicentro incentiva a aproximação de jovens de escolas públicas com o poder público municipal

Engana-se quem pensa que política é conversa de adulto. O projeto “Nós propomos! Guarapuava”, coordenado pela professora Marquiana de Freitas Vilas Boas Gomes, do Departamento de Geografia da Unicentro, busca desfazer essa ideia. O objetivo do projeto é incentivar os alunos das escolas públicas de Guarapuava a identificarem os problemas da escola, do bairro, e proporem soluções com base em pesquisas. 

Os alunos recebem palestras de vereadores e secretários da gestão pública municipal (Educação, Meio Ambiente, Urbanização) que ensinam o passo a passo para a implementação de leis e medidas que possam melhorar a vida na cidade. 

As pesquisas realizadas pelos alunos têm como base a percepção deles sobre os problemas da escola e do bairro, mas também questionários aplicados por eles mesmos aos moradores do entorno escolar. Este ano, eles definiram como pauta prioritária o problema do bullying nas escolas e a importância das hortas comunitárias. Os problemas, mas principalmente as soluções, são posteriormente apresentados aos vereadores de Guarapuava. 

A partir da próxima segunda-feira (27), o idealizador do projeto, professor Sérgio Claudino, da Universidade de Lisboa, estará em visita a Guarapuava para uma série de eventos. Ele visitará a Unicentro e os colégios estaduais Ana Vanda Bassara (Rua das Acácias 60, Trianon), Tupy Pinheiro (Avenida Moacir Julio Silvestri, 1.324, Batel) e Padre Chagas (Rua Dom Bosco, 90, Bonsucesso), que fazem parte do projeto. 

Em Guarapuava, o projeto tem ajudado os jovens a verem a política de outra maneira. Eles saem de uma posição passiva, aquela de apenas reclamar das coisas, e passam a participar mais ativamente da cidade, através da busca por soluções possíveis.

Uma das novidades deste ano é a produção de curtas-metragens realizada pelos próprios alunos, a partir das pautas prioritárias. Para o professor Eduardo Yamamoto, que auxiliou a produção audiovisual dos alunos, a exibição de desenhos e curtas-metragens é um bom exercício de criatividade e cidadania, “além de melhorar a autoestima dos alunos, pois eles se sentem capazes de expressar as suas demandas, é uma maneira diferente de sensibilizar os políticos da cidade sobre questões que eles vivenciam todos os dias”.

Durante a visita de Claudino, os alunos das três escolas participantes irão apresentar as suas pesquisas e exibir os curtas-metragens produzidos.