Hemocentro Regional de Guarapuava realiza mais uma ação do projeto captação assertiva
O modelo tem agilizado o processo de doação de sangue e distinção das bolsas quando são solicitadas; visitantes conheceram o funcionamento em um treinamento na quarta-feira (29)
O Hemocentro Regional de Guarapuava realizou a sexta edição da ação de captação assertiva de doadores na última quarta-feira (30), reunindo um grupo de visitantes e demonstrando o trabalho e todos os processos realizados pelo órgão.
Nesse processo de captação assertiva, antes de ir até o Hemocentro o doador deve ligar para fazer uma pré-triagem, respondendo algumas perguntas. Isso impede que ele se desloque até lá para doar e acabe descobrindo que não pode por alguma situação que poderia ser identificada via ligação. Além disso, ajuda que o tempo de permanência no local seja menor, já que parte da triagem já estará realizada.
Professores, profissionais e estudantes da área da saúde, imprensa e representantes de outros grupos participaram da demonstração. De acordo com a assistente social do Hemocentro, Maristela Sacks, a captação assertiva é uma oportunidade de levar a mais pessoas informações sobre a doação. “É um momento de mais uma vez jogar a nossa sementinha sobre doação de sangue e medula óssea e ter a oportunidade de mostrar o trabalho que o Hemocentro faz dentro do nosso município e para os outros 19 municípios da nossa região. É um momento em que trazemos lideranças comunitárias, pessoas que têm acesso dentro da comunidade, de disseminar de forma clara, objetiva e inteligente o processo de doação de sangue”, afirma.
Ainda segundo Maristela, estas ações são importantes porque estão sempre dentro de um processo educativo sobre a doação. “Atualizando a comunidade, colocando a comunidade junto com a gente neste trabalho, porque a nossa matéria-prima depende da disponibilidade dos doadores. Então sempre informando, atualizando para que as pessoas possam trabalhar junto com a gente”.
Os participantes conheceram todas as etapas da doação, desde como é realizada a triagem até o fracionamento, onde são separados os hemocomponentes – concentrado de hemácias, de plaquetas e plasma fresco congelado e crioprecipitado – e o setor de distribuição. Os médicos, técnicos e enfermeiros também explicaram partes mais específicas, como a fenotipagem, importante processo para uma testagem mais ampla dos vários grupos sanguíneos e que auxilia no momento de localizar um tipo de sangue necessitado por algum paciente.
Para o diretor do Hemocentro de Guarapuava, Fernando Guiné, é um projeto que tem várias ações e entre elas os treinamentos que são realizados toda última quarta-feira do mês. “É para que conheçam muito de perto e internamente todo o ciclo do sangue, todo o trabalho que é desenvolvido pelo nosso Hemocentro e com isso, nós temos tido resultados muito positivos”, disse.
Desde que a captação assertiva foi implantada, o Hemocentro tem melhorando diversos índices. Em gráficos apresentados aos participantes, os profissionais do órgão demonstraram a queda no número de pessoas inaptas para doar, a diminuição de bolsas de sangue descartadas e um importante banco de dados de fenotipagem. Guiné aponta que esse trabalho tem resultado em uma noção de necessidade por parte do próprio doador. “Temos muitos doadores que são convocados e já sabem até, principalmente os fenotipados, momentos, ou causas, ou situações em que sua presença é necessária aqui. Então, tem sido muito bom e isso tem nos proporcionado avanços significativos em uma caminhada que é constante, continua em busca de excelência”.
EQUIPE
Além do trabalho interno, a equipe do Hemocentro de Guarapuava tem demonstrado uma atenção para compreender as necessidades além do local de trabalho. Isso ocorre a partir de pesquisas e buscas de dados. “É uma equipe multidisciplinar que busca estar atualizada constantemente. E nós temos que destacar também que tanto a Sesa, quanto a Hemepar, buscam nos subsidiar com uma série de informações e atualizações importantes. E essa equipe dedicada e muitos deles com muita experiência no trabalho que desenvolve, tem proporcionado um trabalho diferencial no hemocentro. E eles têm a consciência que o setor de saúde, e esse em específico de hemoterapia e hematologia, necessita de reciclagem constante e por isso a gente percebe que eles podem passar, nos momentos em que nós solicitamos uma informação qualificada e atualizada”, finalizou Fernando Guiné.