Cafs Unicentro é oficializado como primeira Área de Soltura de Animais Silvestres do Paraná

Além de ajudar na recuperação de inúmeras espécies, o Cafs também fornece oportunidades de pesquisa para estudantes e cientistas

O Centro de Apoio à Fauna Silvestre (Cafs) da Unicentro se tornou oficialmente a primeira Área de Soltura de Animais Silvestres (ASA) do Paraná. A assinatura do cadastro, registrada em evento na última sexta-feira (4), formaliza um trabalho de anos, que começou em 2005, com o antigo Serviço de Atendimento Animais Selvagens (Saas), da Clínica Escola de Medicina Veterinária no Campus Cedeteg.

“É mais um passo dentro de uma visão moderna de conservação da biodiversidade que fala que a fauna é de responsabilidade de todos os indivíduos e de todos os níveis governamentais. A Unicentro tem um papel muito importante nisso, porque o Serviço de Atendimento a Animais Selvagens começou, praticamente, com o início da estadualização do curso de medicina veterinária com o professor Marcos Tranquilin. Já em 2005, ele realizava atendimentos a esses animais, prestava apoio à Polícia Militar Ambiental, à Força Verde e demais autoridades ambientais. Nós temos toda uma trajetória, toda uma história dentro da Unicentro de uma visão que é ambientalmente correta”, explica o coordenador do Cafs Unicentro, professor Rodrigo Antônio Martins de Souza.

O Cafs emergiu como um importante serviço dedicado ao cuidado e reabilitação da vida selvagem. Seus esforços não apenas contribuem para a recuperação de inúmeras espécies, mas também fornecem valiosas oportunidades de pesquisa para estudantes e cientistas de forma inédita no Paraná.

“Termos, na Unicentro, a primeira área de soltura de animais silvestres cadastrada junto ao órgão fiscalizador ambiental significa que nós estamos estreitando laços com a gestão de biodiversidade. A Unicentro tem uma visão muito avançada em termos de conservação da biodiversidade. Precisamos discutir mais questões ambientais dentro da instituição, mas essa discussão não pode ficar só na universidade, ela tem que se ampliar e tem que incluir os membros da sociedade”, afirma Rodrigo.

Presente no evento, o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, conta que acompanha o trabalho desde a sua criação e destaca a importância da iniciativa. “É uma alegria muito grande poder ver isso. Um setor que começou com um atendimento a animais selvagens e que virou um centro de referência para isso. Demonstra a dedicação, comprometimento, o trabalho da universidade, dos coordenadores do projeto e a toda a equipe que eles coordenam com a dedicação, a formação dos estudantes, o bem que faz isso para a fauna de toda a região”, enfatiza.

Após a formalização, os presentes participaram de um visita às instalações do Cafs para conhecer o serviço, os procedimentos e os animais em tratamento. Representando o Instituto Água e Terra (IAT), a bióloga do setor de Fauna, Rosana Gabriel Adamowicz, ressalta a solicitude e eficiência da unidade.

“Achei fantástico, a organização, o profissionalismo, o cuidado com que eles têm com os animais, com a reabilitação dos animais, a melhor parceria que a gente tem é com o pessoal aqui da veterinária da Unicentro. Aqui, com certeza, é o lugar que tem mais atendimentos, mais números de soltura. Para nós, foi um prazer fazer essa autorização”, relata.

Para encerrar o dia, os presentes testemunharam a soltura de uma coruja Tyto furcata, conhecida como coruja-da-igreja, em uma área de mata ciliar, onde animais reabilitados podem ser reintroduzidos com segurança em seu habitat natural e que foi oficialmente registrada como uma ASA.

*Coorc Unicentro

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