Acidentes de trânsito envolvendo batidas contra postes aumentam 51% em Guarapuava

Ao longo de 2020, foram registradas 120 ocorrências dessa natureza no município; entre os inúmeros prejuízos, batidas potencializam o risco de choque elétrico; para reduzir prejuízos, companhia conscientiza a comunidade e instala equipamentos de proteção em pontos estratégicos

Problemas mecânicos, falta de atenção à sinalização, desrespeito às leis de trânsito, intempéries e vários outros fatores inesperados. O motivo de cada ocorrência pode ser incerto, mas o cenário é preocupante quando se fala nas estatísticas de acidentes com postes em Guarapuava.

Dados da Energisa Sul-Sudeste mostram que em 2020 foram 120 ocorrências de batidas de veículos contra postes da rede elétrica, 51% a mais que em 2019. E para acender o sinal vermelho, só nos três primeiros meses de 2021, já foram 14 acidentes dessa natureza na região.

O gerente do Departamento de Manutenção da Energisa Sul-Sudeste, Luiz Moreto Vicentin Junior, expõe que os números se referem exclusivamente a colisões contra postes dentro da área de concessão da empresa. Conforme o levantamento, a maior parte dos acidentes acontece nos fins de semana. Neste ano, por exemplo, mais da metade dos registros ocorreram entre sexta-feira e domingo.

“Apesar da necessidade do isolamento social por causa da pandemia, a incidência dessas batidas geralmente é maior nos fins de semana. Lamentavelmente, são inúmeros os prejuízos causados pelos acidentes envolvendo postes, mas um dos mais graves é o risco de choque elétrico, ainda mais se o poste cair por cima do veículo ou envolver rompimento de cabos”, detalha Moreto.

Por isso, a orientação é que em casos de acidentes envolvendo postes, todos permaneçam dentro do carro, sem tocar nas partes metálicas, aguardando a chegada de uma equipe especializada da distribuidora, que irá realizar todos os procedimentos necessários com a máxima segurança.

A rede de distribuição da Energisa é equipada com tecnologia de proteção para desativar o fornecimento de energia em caso de interferência nos cabos ou postes, no entanto, não se pode descartar os riscos potencializados em uma colisão.

Mesmo assim, a companhia promove algumas iniciativas visando reduzir essas ocorrências. Além do trabalho de conscientização com a comunidade, a Energisa instalou, nas cidades onde atua, equipamentos de proteção em pontos estratégicos. Denominada defensa, a estrutura feita com borracha e areia se assemelha às utilizadas nas pistas de corridas automobilísticas, com objetivo de diminuir o impacto da batida e garantir a segurança do condutor e da estrutura atingida.

SEM ENERGIA
Em se tratando do fornecimento de energia, os acidentes de 2019 também prejudicaram 21.564 clientes, que tiveram os serviços de energia elétrica interrompidos por conta das colisões. No ano passado, o número chegou a 51.089 consumidores atingidos e, neste ano, já foram 4.531 consumidores afetados pelo problema. Na lista dos prejudicados estão residências, estabelecimentos comerciais e outras unidades situadas próximo aos locais das ocorrências.

“Do nosso Centro de Operação, fazemos as manobras com o intuito de minimizar os impactos e restabelecer a energia. Porém, há situações em que o dano à rede é tão grave que é necessário trocar mais de um poste, o que prolonga o transtorno aos clientes afetados, já que a implantação de um novo poste pode levar de três a quatro horas, ou até mais, dependendo das condições do local e solo”, acrescenta Moreto.

Toda essa mobilização tem um custo alto, além do tempo de reparo na rede. A substituição de um poste pode custar até R$ 4 mil. No entanto, esse valor varia de acordo com o tipo de estrutura e equipamentos instalados. Ou seja, se for necessário trocar outros equipamentos, esse valor pode ser ainda maior. E tais custos financeiros deverão ser arcados pela pessoa responsável pelo acidente.

********Reportagem: assessoria de comunicação

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