Secretário estadual diz que investigação sobre ataque a Guarapuava tem avançado com identificação de perfis genéticos

O secretário de Estado da Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, acompanhou o lançamento da Operação Pronta Resposta – Campos Gerais na manhã desta terça-feira (14 jun 2022), em Guarapuava, durante a solenidade alusiva aos 33 anos do 16º Batalhão de Polícia Militar.

Antes de começar o cerimonial, ele se dirigiu à tropa de policiais militares e conversou principalmente sobre o ataque sofrido pelo município de Guarapuava no dia 17 de abril, um domingo de Páscoa. Naquela noite, um bando fortemente armado tentou assaltar uma transportadora de valores.

Na ação criminosa, policiais ficaram feridos e o então cabo Ricieri Chagas foi alvejado, falecendo dias depois.

Em seguida, o secretário participou da solenidade. Na tribuna, ele comentou que veio a Guarapuava para trazer respostas e avanços sobre o caso.

Um deles é o projeto do governo Ratinho Jr. denominado Olho Vivo. “O Batalhão vai receber uma central de comando de controle e vai poder receber 250 câmeras da sociedade. São 29 centrais de comando de controle e os batalhões da PM vão receber essa central e serão interligadas”, explicando que, num evento como esse da invasão, quando a cidade foi tomada durante três horas, a unidade da PM terá mais informações e possibilidade de reação.

Paralelamente, o governo pesquisa a aquisição de armamentos adequados e viaturas blindadas, que aguentem um padrão de blindagem nível 3, ou seja, que possam propiciar o enfrentamento em caso de armas longas.

Já dentro da investigação, Mesquita afirmou que teve avanço, sendo que todas as instituições da Secretaria de Segurança Pública estão voltadas para elucidar e encontrar cada um dos participantes no ataque a Guarapuava. “E possa adiantar para vocês que o material genético que foi arrecadado aqui na região, no momento da ação e nos locais seguintes, foi processado pelo laboratório de DNA e, através desse processamento, foi possível identificar 11 perfis genéticos”, ou seja, 11 indivíduos que participaram da ação em 17 de abril.

Segundo ele, a primeira confrontação foi feita com material apresentado por São Paulo. Assim, foi possível identificar seis elementos que vieram de quadrilhas do crime organizado de SP. “Um deles já está preso”, afirmou Mesquita, acrescentando que hoje o laboratório de perícia forense só trabalha nesse caso.

Logo depois, será avaliado todo o material arrecadado no local descoberto recentemente no município de São José dos Pinhais pela diretoria de inteligência da PM.

“E nós não vamos parar até que cada um seja preso, identificado e apresentado à Justiça”, completou Mesquita, destacando que o exemplo do sargento Ricieri, cujo sacrifício foi em defesa da sociedade, tem servido de estímulo para o governo do Estado do Paraná se reestruturar, com novos equipamentos.

HOMENAGEM
E, na data de 13 de junho deste ano, através do decreto 11388/22 em comemoração aos 33 anos do Batalhão, este passará a denominar-se “Batalhão 3º Sargento PM Ricieri Chagas”.

“Uma homenagem ao nosso herói que lutou bravamente até o fim. Um reconhecimento de toda sociedade e principalmente de sua família e amigos desta Instituição”, diz o 16º BPM.

O comandante da unidade, major Flávio Vicente Ferraz, destaca que é importante reverenciar aqueles que deram a vida em prol da segurança pública, como foi o caso do Ricieri. “É óbvio que existem outros policiais que acabaram perdendo sua vida em função do serviço”, citando pelo menos 14 policiais militares que tombaram no cumprimento do dever. “Da forma como foi, a questão da morte do Ricieri, nada mais justo de que ele receba essa homenagem”.

Durante a solenidade, familiares do sargento acompanharam o descerramento do quadro com o decreto estadual que batizou o batalhão.