Caop de Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná reúne-se com Sindijor e Fenaj para tratar de atos de violência contra jornalistas

Durante a reunião, também foi proposta a realização de um seminário envolvendo entidades e organizações de jornalistas, com a finalidade de promover campanhas contra a desinformação

Representantes do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça (Caop) de Proteção aos Direitos Humanos do Ministério Público do Paraná, do Sindicato dos Jornalistas do Paraná (SindijorPR) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) reuniram-se nesta quinta-feira, 12 de janeiro, para tratar dos recorrentes atos de violência que vêm sendo praticados contra profissionais da imprensa em coberturas jornalísticas no estado. 

No encontro, o vice-presidente da Fenaj e diretor-presidente do SindijorPR, Célio Martins, entregou ao procurador de Justiça e coordenador do Caop de Proteção aos Direitos Humanos, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, e ao promotor de Justiça Rafael Osvaldo Machado Moura, integrante do Centro de Apoio, um resumo do panorama de violência contra profissionais da imprensa no Paraná em 2022 e fez uma explanação sobre a crescente onda de desinformação no país. Somente nos dez primeiros dias de janeiro de 2023, o SindijorPR registrou ameaças e ataques violentos a cinco equipes de jornalismo de Curitiba.

“Diante da situação apresentada pelo Sindijor e pela Fenaj, iremos enviar um ofício aos promotores de Justiça de todo o estado, no sentido de dar atenção especial aos casos de violência moral e física contra jornalistas, para que seja garantido o direito do livre exercício da profissão. Os profissionais de imprensa também serão cientificados de que devem denunciar ao Ministério Público de sua comarca toda e qualquer situação de agressão sofrida”, afirma Olympio de Sá Sotto Maior Neto. 

Durante a reunião, também foi proposta a realização de um seminário envolvendo entidades e organizações de jornalistas, com a finalidade de promover campanhas contra a desinformação. Nesse encontro, seriam tomadas iniciativas para destacar junto à população a necessidade da checagem de informações, além de reafirmar a importância do trabalho de profissionais de imprensa para o fornecimento de informações seguras e, consequentemente, o reforço da democracia.

“Solicitamos ao MPPR apoio no combate à desinformação, na identificação e combate aos fomentadores de campanhas de ódio contra jornalistas e voltadas para desacreditar a profissão e na luta por condições de trabalho seguras aos profissionais de imprensa que são expostos a riscos na atividade profissional”, destaca a diretora-executiva do SindijorPR, Silvia Valim.

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