Setembro Azul: Comunidade Surda prepara ato neste sábado (25), em Guarapuava
A partir das 13h30, na área central da cidade, a comunidade fará uma manifestação/caminhada para reivindicar direitos
A Comunidade Surda de Guarapuava fará um ato na tarde deste sábado (25), na área central da cidade, para reivindicação de direitos. Trata-se de uma ação em meio ao Setembro Azul, que visa dar visibilidade e chamar atenção à luta da comunidade.
De acordo com a professora Martha Loureiro, que é tradutora e intérprete de Libras, o Setembro Azul carrega histórias de lutas por uma sociedade mais justa, acessível e igualitária.
“A campanha Setembro Azul tem como objetivo chamar a atenção para a luta pela visibilidade, acessibilidade e inclusão da comunidade surda no mundo. Sabemos que a prática realmente deve ser diária, afinal os surdos sofrem preconceitos e encontram barreiras a cada dia”, explica.
A professora lembra que, no passado, pessoas com deficiências foram obrigadas a utilizar uma faixa azul no braço para serem identificadas durante a Segurança Guerra Mundial. “Depois da guerra, essa cor se tornou um marco pelo que eles enfrentaram e agora usam como orgulho essa cor de idade surda”, diz.
Martha afirma que a comunidade “tem uma força enorme para lutar” e que há preocupação com o futuro.
“O professor surdo Aramis convidou para uma reunião surdos que foram seus alunos, ouvintes e simpatizantes da causa, e deu início a este movimento em Guarapuava. Surdos, surdas, famílias e simpatizantes da luta caminharão com o objetivo central de defesa dos seus direitos”.
Em termos de demandas, a comunidade busca escolas bilíngues, reconhecimento da Cultura Surda, uso da Libras e intérpretes em espaços públicos e privados, oportunidades de trabalho e participação nas discussões políticas sobre a educação de surdos.

ATO
A Comunidade Surda de Guarapuava fará uma manifestação/caminhada neste sábado (25), a partir das 13h30, na área central da cidade.
A manifestação iniciará na Praça 9 de Dezembro, seguindo na rua XV de Novembro até a rua Saldanha Marinho; descendo a Rua Saldanha Marinho até a rua Padre Chagas; seguindo até a rua Xavier da Silva, subindo até a rua XV de Novembro e retornando até a Praça 9 de Dezembro.
“No final do movimento, faremos um grande círculo, estaremos de mãos dadas, lembrando da trajetória dos pioneiros surdos, dos grupos, de minorias e dos esforços para esta mobilização”, finaliza Martha.