Senta que lá vem a história: sessão de contação na Semana Literária

Olhos atentos e ouvidos ávidos por uma boa história. Uma turminha de alunos se divertiu em Guarapuava na tarde desta segunda-feira (23 setembro), durante a abertura da 38ª Semana Literária Sesc & Feira do Livro.

Diante de dezenas de crianças, Ana Cláudia Souza contou O caso do Bolinho. A contação de histórias é uma das principais atrações da Semana Literária. Baseado no livro da escritora Tatiana Belinky, esta história desperta a imaginação e a curiosidade dos ouvintes que se envolvem com a trajetória do bolinho, sua canção e os personagens que ele encontra pelo caminho.

Ao longo da sessão, as crianças cantaram e riram, expressando seu espanto e dúvidas. Em entrevista ao CORREIO, Souza diz que costuma escolher histórias que provoquem a participação do público. Que eles possam cantar, interagir, para que seja uma ação bem prazerosa, destacando a interação como um dos principais elementos do trabalho de contação de histórias.

Com três anos de experiência nessa atividade, a orientadora aponta que as crianças vivem mais a história em comparação ao público adulto. Os adultos são um pouquinho mais fechados, acrescentando que esse grupo maduro não interage durante a história, deixando sua opinião para depois que a atividade já terminou.

Segundo Souza, outro aspecto importante da contação é a formação de leitores. Essas histórias são todas de livros. A gente conta a história, depois é interessante mostrar o livro e incentivá-los a serem futuros leitores.

Logo depois da contação de O caso do Bolinho, a orientadora ofertou também a oficina A raposa esperta, criatividade na certa!. As crianças participantes fizeram uma dobradura da raposa, personagem da história. Sempre vamos continuar trabalhando a história na oficina.

CRIANÇAS

De maneira unânime, todas as crianças ouvidas pelo CORREIO disseram que se divertiram e gostaram da contação de O caso do Bolinho.

A única divergência era em relação ao personagem preferido da história. Uns apontaram a raposa, caso do Artur, do Samuel e da Marcela; outros, o leão, na visão de Leonardo e Davi.

CONTADORA

Para Ana Cláudia Souza, ser uma contadora de histórias é uma delícia. A cada história, o público reage de uma maneira diferente. São diversos públicos e eu digo que eu me divirto mais do que eles, porque é um momento gostoso.

Além de O caso do Bolinho, a Semana Literária continua com sua programação em Guarapuava até sexta-feira (27), com outras sessões de contação de histórias.

A orientadora do Sesc destaca O Grúfalo, na quarta-feira (25), às 9h e às 14h. Baseado no livro da escritora Julia Donaldson, esta história aguça o imaginário dos participantes, que no decorrer da trama são apresentados ao Grúfalo, e a estes cabe imaginar como é este monstrinho.

Sem contar também O grande rabanete, na quinta-feira (26), às 8h30 e às 14h. Baseado no livro da escritora Tatiana Belinky, esta contação de histórias possibilita que seus ouvintes participem dela, ajudando a solucionar um contratempo ocorrido na fazenda, onde toda ajuda é bem-vinda.

Em todas essas histórias, as crianças vão participar também, avisa Souza, frisando que as atividades são abertas a todos que queiram levar suas crianças.

PROGRAMAÇÃO

Nesta terça-feira (24), tem o espetáculo de contação de história Sansakroma sem Fronteiras, no Salão Social do Sesc Guarapuava: 8h30, 9h30, 10h, 10h30, 14h, 15h. Traz uma deliciosa mistura das mais variadas culturas ao redor do mundo. Ao som de violão, flauta e tambores, este encontro proporcionará o contato com lindas histórias que abordarão o convívio pacífico e o amor ao próximo.

Às 14h, a atração é a palestra Literatura como lugar de encontro, na Sala de Leitura.

Às 13h30 e às 15h30, também está programada uma Oficina de Lambes, no Hall da sala de educação. Já às 14h e às 15h, a oficina Recriando a história, no Hall do Salão Social.

Para fechar o segundo dia da Semana Literária em Guarapuava, ocorre a mesa-redonda Literatura e o exercício da liberdade, às 19h30, no Salão Social. A atividade tem confirmadas as presenças dos escritores Marcelino Freire e Luisa Geisler.