Tênis de mesa brasileiro estreia nos Jogos Paralímpicos buscando manter o crescimento internacional dos últimos anos
Com 13 atletas em Tóquio, modalidade vem tendo cada vez mais conquistas internacionais nos últimos anos; no Rio-2016, foram quatro medalhas
O sonho paralímpico vai começar para o tênis de mesa do Brasil. Após cinco anos de um ciclo incomum, muitas conquistas e percalços, chegou a hora da estreia dos atletas da modalidade nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Ao todo, são 13 mesa-tenistas na disputa, sendo que 11 estreiam nas sessões que começam na noite de terça-feira (24) e seguem pela madrugada e manhã de quarta-feira (25), no horário brasileiro.
Nesta primeira rodada de jogos estarão em ação Carlos Carbinatti (classe M10), Cátia Oliveira (F2), Danielle Rauen (F9), David Freitas (M3), Israel Stroh (M7), Jennyfer Parinos (F9), Joyce Oliveira (F4), Lethícia Lacerda (F8), Luiz Filipe Manara (M8), Marliane Santos (F3) e Millena França (F7). Paulo Salmin (M7) e Bruna Alexandre (F10) só estreiam na segunda noite.
No Japão, o grupo ficou dividido em duas partes, por 14 dias. No voo de ida para Tóquio, vários atletas tiveram contato com um integrante da delegação paralímpica brasileira que testou positivo para a Covid-19. Nenhum dos membros da equipe de tênis de mesa se contaminou e todos puderam, finalmente, fazer a tradicional foto do time, na madrugada desta segunda-feira, no Ginásio Metropolitano de Tóquio.
Uma equipe pronta para brilhar mais uma vez. O tênis de mesa brasileiro se tornou uma potência nas Américas, ganhando mais medalhas nos Jogos Pan-Americanos do que a maioria das delegações completas dos outros países. No mundo não é diferente. O Brasil passou a ser respeitado nos Abertos e Mundiais.
Prova disso foram as quatro medalhas conquistadas nos Jogos do Rio, em 2016, meta que pode ser igualada ou superada em Tóquio. No último ciclo, o Brasil ainda teve uma vice-campeã mundial: Cátia Oliveira, na classe 2.
Nem sempre foi assim. O crescimento foi mais acentuado aconteceu nos últimos anos. Em 2006, quando a modalidade paralímpica ainda não era administrada pela CBTM, o Brasil voltou do Mundial de Montreaux, na Suíça, com apenas quatro vitórias na bagagem. Nos anos seguintes, passou a figurar nos pódios paralímpicos e Mundiais. Desta vez, quase a metade da delegação do tênis de mesa tem reais chances de medalhas, com outros podendo surpreender.
ESTREIA
Não há moleza para os brasileiros, nem mesmo na rodada de estreia. Em algumas classes, o calendário marca alguns confrontos bem duros logo de cara. É o caso das duas atletas do país que abrem a participação nos Jogos, no primeiro horário de confrontos, às 21h: Danielle Rauen e Jennyfer Parinos. A primeira, número 8 do ranking da classe 9 feminina, pega a húngara Alexa Szvitacs, terceira da lista. Por sua vez, Jennyfer, a 10ª colocada, encara a chinesa naturalizada australiana Li Na Lei, que está em quarto no mesmo ranking.
“A ansiedade dos atletas, acabou. Finalmente, depois de dois anos sem competição, vão estrear na Paralímpiada. Esse primeiro dia pode até ser decisivo na classe 9 feminino. Temos duas rodadas e podemos encaminhar nossa classificação para segunda fase em outras classes”, diz o técnico Paulo Molitor.
Confira os confrontos de todos os brasileiros na primeira noite e madrugada de disputas em Tóquio, de 24 para 25 (horários de Brasília):
21h – Danielle Rauen x Alexa Szvitacs (HUN) – classe 9
21h – Jennyfer Parinos x Li Na Lei (AUS) – classe 9
21h40 – David Freitas x Alexander Oehgren (SWE) – classe 3
21h40 – Marliane Santos x Yoon Jiyu (KOR) – classe 3
23h40 – Luiz Filipe Manara x Ye Chao Qun (CHN) – classe 8
0h20 – Lethicia Lacerda x Ainda Dahlen (NOR) – classe 8
1h40 – Catia Oliveira x Aino Tapola (FIN) – classe 1-2
4h – Carlos Carbinatti x Mateo Boheas (FRA) – classe 10
5h20 – Millena França x Wang Rui (CHN) – classe 7
7h20 – Israel Stroh x Masachika Inque (JPN) – classe 7
8h – Danielle Rauen x Neslihan Kavas (TUR) – classe 9
8h – Jennyfer Parinos x Kim Kun-hea (KOR) – classe 9
8h40 – Joyce Oliveira x Gu Xiaodan (CHN) – classe 4
******************Reportagem: Nelson Ayres (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM