Trecho de duplicação da BR 277 tem pistas centrais liberadas em Guarapuava

Com a liberação, os trabalhos devem avançar nas marginais da rodovia; segundo o secretário Sandro Alex, a expectativa do governo do estado é de que a obra seja concluída em até 60 dias com a adequação da iluminação, pontes, viaduto, trincheiras e passarelas

Com orçamento acima de R$ 90 milhões, a obra de ampliação de trecho da BR 277 já atingiu 90% de conclusão e teve na manhã desta sexta-feira (7) as vias centrais liberadas para o tráfego. A liberação ocorreu com a presença do secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, do diretor geral do Departamento de Estradas e Rodagens (DER-PR), Fernando Furiatti.

O atendimento à imprensa ocorreu na trincheira da avenida Pedro Carli com a BR 277, no km 345, onde segundo o secretário, está localizado um dos cruzamentos mais perigosos do Paraná. “Nós estamos salvando vidas, além de toda a mobilidade de duplicação que a cidade e a região já há muito tempo anos buscava, nós estamos trazendo com certeza, segurança viária para os usuários”, destacou.

Com a liberação da duplicação, o trabalho das equipes será concentrado nas marginais. Mas além disso, há outras adequações que precisam ser finalizadas. De acordo com Sandro Alex, a obra é complexa. “É uma obra que envolve, além da duplicação, a iluminação de 12 quilômetros, as marginais, três trincheiras, um viaduto, quatro pontes, além de duas passarelas. A nossa expectativa é de que em até 60 dias possamos entregar ela completamente”, explicou o secretário.

Para o prefeito Celso Góes, que acompanhou a liberação das pistas, a obra é de extrema importância para Guarapuava e região por ser um corredor importante do Mercosul e passagem do escoamento da produção do Paraná e de outros estados. “Um modal como esse funcionando dessa maneira que está funcionando, no momento em que o País está vivendo, isso vem colaborar e muito conosco, ainda mais com grandes investimentos que foram anunciados em Guarapuava, como outra maltaria, uma maltaria de mais de meio bilhão de reais investidos em Guarapuava, com moldes diferenciados que não existe na América Latina”, disse o prefeito.

Góes aproveitou para destacar outra obra, mas esta do município, que liga a 277 a outra importante rodovia, a PR 466, pelo bairro Industrial. “Uma obra grande, que dá o maior orgulho, que também vai contribuir muito com a mobilidade urbana, porque quem vem agora do Cidade dos Lagos, ou de Pitanga, ou de Turvo e precisa ir para a universidade, por exemplo, ele não precisa mais passar pelo nosso viaduto central onde congestiona, pode sair por aqui, pela Vila Carli”, lembrou.

Prefeito Celso Góes (Foto: Redação/Correio)

PRAZO E CUSTO
Pelo tamanho do projeto, o secretário Sandro Alex acredita que a duplicação do trecho da BR 277 está dentro do cronograma. O mesmo aponta em relação ao custo da obra, que teve o orçamento inicial cotado em cerca de 74 milhões e que deve ser concluída acima dos R$ 90 milhões. “Está dentro do que é necessário pela complexidade da obra e a variação de economia dentro do período, nós acompanhamos com fiscalização rigorosa e está dentro do que vai sendo estabelecido, pago a empresa e a empresa cumprindo sua obrigação”.

Apesar de ser uma rodovia federal, sob responsabilidade do governo federal, a obra está sendo executada pelo Estado do Paraná. “Ela faz parte do conjunto de obras do Avanço Paraná, onde o governador determinou a execução dessa obra nesse pacote. O governo do Estado do Paraná chamou a responsabilidade de uma obra que é aguardada há 30 anos pela população. Isso ficou com a concessionária. Ao longo de todas essas décadas, e problemas que estão sendo hoje cobrados judicialmente, ela não foi feita. O Estado está buscando a reparação. De todas as obras que estão sendo executadas e dos danos causados à sociedade, mas o estado determinou que ela deveria ser executada e que a população não poderia mais esperar”, apontou Sandro Alex.

Em 25 de agosto, ocorrerá o leilão da nova concessão de rodovias do Paraná. O lote 1 também contempla Guarapuava. “Ele pega a BR 277 do Trevo do Relógio até Curitiba, com obras sendo orçadas em 10 bilhões de reais. Claro que também, tem a BR 373, que pega o Trevo do Relógio, sentido Prudentópolis, Guamiranga, Ivaí, Ipiranga, Imbituva, até Ponta Grossa, além da 476 que é a Lapa. Nós esperamos, na batida do martelo, garantirmos esse investimento em obras e uma tarifa menor, ou seja, uma tarifa justa”, frisou.

ESTADUAIS
Outras duas obras de infraestrutura em rodovias estão no radar do governo estadual para a região de Guarapuava. Segundo Sandro Alex, o governo está trabalhando no projeto da PR 466 que também deve ganhar duplicação e ampliação de capacidade nos trechos de Guarapuava a Turvo e Turvo a Pitanga.

“É um corredor importante e o governador determinou que, como nós estamos com mais de 3 mil quilômetros sendo concedidos no estado, esse central que envolve a 466 terá aporte do governo do Estado aprovado pela Assembleia Legislativa. O projeto executivo está sendo finalizado, então assim que o projeto esteja pronto, o orçamento, o governador também já separou para a realização dessa obra. Além dessa estamos trabalhando no projeto da PR 170, que segue a Pinhão. Esse projeto também está sendo trabalhado porque é a previsão de ampliação da capacidade. Guarapuava e região passam a ter um conjunto de obras de infraestrutura muito importantes para seu desenvolvimento”, afirmou, explicando que a expectativa do governo é de que os projetos sejam finalizados no segundo semestre.

Coletiva de imprensa (Foto: Redação/Correio)

PARCERIAS
Além desta obra, o governo do estado tem outras obras no município, mas com contrapartida municipal. Celso Góes comentou sobre o Centro do Idoso e as obras no sentido do bairro Jordão.

É uma obra de R$ 18 milhões, R$ 15 milhões são do governo, R$ 3 milhões são de recursos próprios da prefeitura, uma obra enorme. Além disso, temos toda a revitalização da Rubens Siqueira Ribas, que vem desde o Mirante da Serra, até a ponte do Jordão. E depois a Vila Jordão e o Parque. Eu espero entregar tudo isso até janeiro do ano que vem”, concluiu Góes.

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