Plano Estadual de Logística em Transporte é apresentado em Guarapuava

O Pelt engloba as obras de todos os modais e na atualização apresentada aponta quais foram concluídas e quais são as prioridades, além de buscar novas demandas

Entidades do setor produtivo, empresários e demais representantes da sociedade civil organizada de Guarapuava acompanharam, na tarde desta quarta-feira (27), uma apresentação sobre o Plano Estadual de Logística em Transporte (Pelt 2035), cuja elaboração se iniciou em 2016.

Realizada na Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig), a reunião teve como objetivo apontar os avanços de obras nos diferentes modais e identificar intervenções necessárias na região. O plano contempla 97 obras e projetos prioritários para que o Estado elimine gargalos logísticos até 2035. Do total, 60% diziam respeito a rodovias, 15% ao Porto de Paranaguá, 15% a aeroportos e 10% a ferrovias.

O trabalho tem coordenação técnica do Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e conta com a parceria de diversas entidades do Paraná. Além disso, está sendo apresentado em várias cidades do Estado.

Conforme o coordenador do Conselho de Infraestrutura, que coordena os trabalhos das entidades que participam da elaboração do plano, Edson Vasconcelos, o Pelt é um trabalho feito a várias mãos para trazer uma visão a longo prazo daquilo que precisamos para ter competitividade. “Um estado desenvolvido precisa ter não só recursos naturais, código tributário adequado, energia, mas ele precisa de uma infraestrutura adequada. Estamos aproveitando uma janela eleitoral para fazer uma revisão do Pelt e buscando equalizar tudo aquilo que já foi feito, que está em andamento, o que falta concluir e também fazendo alguns ajustes ao longo do período, que pode entrar novas obras ou tirar algumas”.

Prioridade no plano, a questão rodoviária foi a que menos teve avanço desde a elaboração do Pelt, com apenas 2% de conclusão, aponta Edson. “A gente percebe que é a que mais teve dificuldades de avanços, justamente pelo modelo de concessão que vivemos. Porém, Guarapuava teve sim obras de perímetro urbano, contundentes e robustas ela conseguiu tirar algumas obras do papel”.

Gerente de Assuntos Estratégicos, João Arthur Mohr (Foto: Redação/Correio)

MODAIS
Ao destacar os setores de transporte, o gerente de Assuntos Estratégicos, João Arthur Mohr, que apresentou a atualização do Pelt em Guarapuava, destacou que das 97 obras previstas, 25% estão concluídas, 55% estão em andamento ou em planejamento na fase de projetos e 20% restantes ainda não começaram.

Sobre as rodovias, em especial da região de Guarapuava, ele comenta que todas as obras estão no plano. “Nós temos no Pelt, por exemplo a duplicação da 466, mas a duplicação completa, hoje a gente tem uma parte dela já duplicada. A gente tem que fazer essa conclusão da obra de melhoria da PR 466, depois da PR 487 no sentido a Campo Mourão que é muito usada pela região, ou então também a saída para Ivaiporã que conecta com Mauá da Serra que é muito usada para o Centro do Estado. E na BR 277, que é o principal eixo de ligação de Guarapuava, seja com o Oeste a Cascavel, seja com a região metropolitana de Curitiba, o pedágio que vai vir, que deve ser licitado, a gente vai falar qual as obras previstas e qual o cronograma das obras”.

Junto a isso, ele explica a situação do pedágio no Estado e como as entidades coordenadoras do plano estão vendo o desenrolar das novas concessões. Segundo João Arthur, o plano de obras apresentado pelo Governo Federal para o pedágio é muito grande. “Uma duplicação completa da BR 277, desde Foz do Iguaçu até Paranaguá, alguns trechos já estão duplicados, mas ela completa até o oitavo ano de concessão. São trinta anos de concessão, mas as obras estarão concentradas todas nos primeiros oito anos. Mas, claro tem o ônus do pagamento do pedágio, a gente tem que ter uma tarifa justa, é o que a Fiep sempre defendeu. A garantia da execução de obras dentro do cronograma e a ampla transparência para que a população possa acompanhar todo o processo”.

FERROESTE
A Nova Ferroeste também foi destacada na apresentação e, conforme Edson Vasconcelos, ela será uma obra que está no Pelt e surgiu a partir de uma demanda de diversas regiões, especialmente as maiores produtoras do Estado. “Principalmente a região de Guarapuava que chega até Cascavel, porque é o trecho da Ferroeste. Então foi um movimento regionalizado. Mas vai haver com certeza contribuições, inclusive da modelagem. Estamos bem confiantes que é uma das obras que sai a curto prazo”, afirmou Edson. Em relação às ferrovias, nenhuma obra foi finalizada, mas 88% estão em execução.

A atualização do plano mostra que o setor aeroviário foi o que mais cresceu nos últimos cinco anos, com 81% das obras concluídas. “O modal aeroviário previsto a cinco anos, previa o fortalecimento da aviação regional. Foi um dos que mais avançou nos últimos cinco anos porque foi implantado o programa Voe Paraná. Agora nós temos Guarapuava com voos para Campinas, Ponta Grossa com voos diários para São Paulo, Pato Branco para Curitiba”, disse João, destacando o aeroporto de Guarapuava. “Felizmente nós tivemos o aeroporto de Guarapuava. Uma confluência de esforços estaduais e municipais para que eles viabilizem e hoje a gente tem vários voos para a região de São Paulo. E vamos torcer para que tenhamos mais voos, mais horários disponíveis, mas isso a demanda é quem vai mandar”.

SERVIÇO
A última versão da publicação pode ser acessada pelo link www.t2m.io/pelt2035.

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