Novo presidente da Fiep quer se voltar para o Interior do Paraná
“A nossa gestão é voltar um pouco mais para o interior. O nosso propósito é buscar políticas industriais, que não sejam só nacionais, não sejam só estaduais, que consigam atingir o município”, disse Edson Vasconcelos, durante a inauguração da nova Casa da Indústria de Guarapuava
Em visita a Guarapuava na tarde desta quarta-feira (18), o novo presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Vasconcelos, que assumiu o cargo em 1º de outubro, participou da inauguração das novas instalações da Casa da Indústria do município.
À imprensa, o industrial e engenheiro civil de Cascavel, na região Oeste, afirma que pretende fazer uma administração pautada pela descentralização. “A nossa gestão é voltar um pouco mais para o interior. O nosso propósito é buscar políticas industriais, que não sejam só nacionais, não sejam só estaduais, que consigam atingir o município”.
Segundo ele, um olhar de fora de Curitiba percebe de forma diferente o Estado. Ainda mais porque a industrialização do interior é recente. Nesse sentido, Vasconcelos cita o Oeste, onde estradas, infraestrutura e energia chegaram não faz muito tempo na história.
Mas, por outro lado, a indústria do agro e a extrativista, só para ficar em dois casos, estão tomando uma grande proporção na parcela da industrialização do Estado. Das dez maiores cooperativas do Brasil, seis estão no interior do Estado. “Elas são indústrias do agro”, diz o presidente.
INDÚSTRIA
Edson Vasconcelos diz que o propósito de sua gestão é fazer com que os prefeitos entendam mais de indústria, criando políticas municipais que possam favorecer a atração nessa área, pois, afinal, o setor industrial não concorre com serviços ou comércio, por exemplo.
Mencionando Guarapuava como polo exportador, Vasconcelos destaca que a indústria favorece a balança comercial, ao exportar e trazer recursos de fora para aquecer a economia.
“O grande trabalho que vamos fazer: voltar para as regionalidades, se aproximar dos prefeitos”, dizendo que isso vai se tornar uma grande política de Estado, uma grande política estadual para a indústria.
CASA
Localizada na rua Brigadeiro Rocha, 1.967, no Centro de Guarapuava, a nova Casa da Indústria, que serve de sede compartilhada para dois sindicatos filiados à Fiep, conta com estrutura mais adequada para que as instituições possam se desenvolver e ofertar soluções para as indústrias dos setores que representam, fortalecendo o associativismo na região.
A Casa funciona em Guarapuava desde 2015. A partir de agora, em sua nova sede, passa a contar com uma estrutura mais ampla, equipada e planejada para aprimorar o atendimento às indústrias. O imóvel conta com um espaço compartilhado para os sindicatos, além de uma sala de reuniões para 20 pessoas, um auditório que comporta até 60 pessoas e um espaço de convivência.
Na avaliação de Vasconcelos, o espaço é importante não só para os industriais, mas também para a comunidade local, potencializando as políticas públicas que a Fiep pode ajudar a chegar perto do município.
Inclusive, são produtos e serviços que vão atender toda a regionalidade. “O propósito da Fiep é transformar o Estado num território fértil para se montar uma indústria. Quando a gente fala de mão de obra, a Federação tem as casas Sesi, Senai e IEL, com cursos”, destacando o combo de produtos que podem chegar no empresário e no colaborador.
SINDICATOS
Atuam na Casa da Indústria de Guarapuava o Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios de Guarapuava (Sindirepa Guarapuava) e o Sindicato das Indústrias de Madeiras, Serrarias, Beneficiamentos, Carpintaria e Marcenaria, Tanoaria, Compensados e Laminados, Aglomerados e Embalagens de Guarapuava (Sindusmadeira).
“A Casa da Indústria, juntamente com a Fiep, vem proporcionar para Guarapuava e região o maior acolhimento para as indústrias nossas aqui. Desde palestras, trazer cursos, e essa nova estrutura vai proporcionar esse tipo de ambiente”, diz o presidente do Sindusmadeira, Edson Ono, em conversa com o CORREIO.
Segundo ele, a Casa vai trazer todas as inovações da Capital, aproximando a Fiep do interior.
Ono chama atenção que, no momento, a Casa tem apenas dois sindicatos abrigados. Porém, com a nova estrutura, será possível receber mais entidades, atendendo todos os setores. “A finalidade da Casa da Indústria é aumentar o conhecimento, trazendo as inovações em todos os segmentos que são associados à Fiep”, destacando o fortalecimento do associativismo.
O industrial trabalha há 23 anos no ramo da madeira, em compensados. E colabora com o Sindusmadeira, visando o crescimento da região.