Greve no transporte: Prefeitura de Guarapuava entra com nova ação para retorno dos ônibus

Ao CORREIO, a assessoria da Prefeitura informou que a multa diária da primeira liminar é de R$ 5 mil. Já a Pérola do Oeste afirmou que empresa estava preparada para operar conforme a decisão liminar

Usuários do transporte coletivo de Guarapuava precisam encontrar outra maneira de chegar até o trabalho, assim como os alunos até as escolas e universidades nesta terça-feira (14). Os funcionários entraram em greve reivindicando a reposição salarial.

Ainda na noite de segunda-feira, a Prefeitura de Guarapuava entrou com uma ação para garantir que a Pérola do Oeste mantivesse a circulação de 50% da frota para atender os horários de pico e entre pico, no entanto, pela manhã os funcionários decidiram manter a paralisação em 100%.

Com a decisão favorável à Prefeitura, a Pérola do Oeste informou que iria disponibilizar a frota de ônibus exigida e programar os itinerários, “cumprindo rigorosamente a decisão liminar de manutenção de operação mínima, sem interrupção integral do serviço público de transporte urbano”, dizia a nota da empresa. A Empresa havia disponibilizado 23 ônibus e solicitado ao sindicato 40 colaboradores para a operação das seguintes linhas e horários de pico e entre pico (6:30h e 8:30h, 11:30h e 13:30h e 17h e 19h)

Segundo a assessoria da Prefeitura de Guarapuava, como não houve o cumprimento, o setor jurídico entrou com uma nova ação na manhã de hoje (14). O documento da primeira liminar mostra que em caso de descumprimento, havia uma multa diária estipulada no valor de fixo de R$ 5.000, limitada, inicialmente, ao valor de R$ 50.000 a ser paga pela empresa Pérola do Oeste. Agora, o novo pedido dobra o valor da multa, no entanto, até o fechamento desta reportagem, não havia saído a decisão da justiça.

REIVINDICAÇÃO
Em contato com o Sindicato Profissional dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Guarapuava (Sintrar), Valdemar Ribeiro do Nascimento, o CORREIO apurou que a classe está aguardando uma proposta da empresa e que não havia nenhuma novidade em relação ao retorno do transporte até o meio da tarde desta terça-feira (14). “Não houve decisão de não cumprir a liminar, mas sim de não saírem para trabalhar, mas estamos aguardando uma proposta, só queremos a reposição do salário retroativo à data base de novembro de 2021”, afirmou. A categoria pede um reajuste de 11,08%.

De acordo com a nota da Pérola, a empresa já tornou pública a drástica situação financeira e não se omitiu em nenhum momento das negociações, tanto com o sindicato quanto com a prefeitura. Nesta terça-feira, após a paralisação geral, outro comunicado foi emitido, destacando que a empresa estava preparada para operar conforme decisão liminar e que “se surpreendeu com a paralisação geral, tanto quanto a população”. Além disso, informou que está tomando as providências internas e abrindo sindicância para averiguar quem são os responsáveis pelo descumprimento da ordem judicial e entrando com dissídio coletivo.

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