Brasil tem 1,69 milhão de indígenas; região do Centro do Paraná, 3.272

Com 182.093 habitantes, Guarapuava é a maior localidade; mas tem apenas 170 indígenas. Os destaques ficam por conta de três municípios na área central do Paraná: Cândido de Abreu, com 639 pessoas nesse perfil; Manoel Ribas (1.891); e Turvo (511)

O Censo Demográfico 2022 mostrou que 1.693.535 pessoas se declaram indígenas no Brasil, correspondendo a 0,83% da população residente do país, distribuídas por 4.832 municípios. Os dados do Censo 2022 Indígenas: Primeiros resultados foram divulgados nesta segunda-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No caso da região central do Estado, que é composta por 346.121 residentes, são 3.272 pessoas indígenas distribuídas por 17 cidades que compõem a Associação dos Municípios do Centro do Paraná (Amocentro).

Com 182.093 habitantes, Guarapuava é a maior localidade. Mas tem apenas 170 indígenas, conforme o levantamento censitário. Ou seja, este número corresponde a 0,09% de pessoas indígenas, sendo que não há população com esse perfil residindo em terras dos povos.

Na região central, três municípios apresentam dados significativos. Um deles é Cândido de Abreu, que tem 639 indígenas entre 15.244 moradores. É um percentual de 4,19%, com 149 domicílios particulares permanentes ocupados em terras indígenas; média de 4,19 moradores por domicílio em terras indígenas.

Já Manoel Ribas, a população total soma 14.240. No entanto, 13,28% é de indígenas (1.891 pessoas). Não à toa, 436 domicílios particulares permanentes ocupados em terras desses povos; a média é de 4,33 moradores por domicílio em terras indígenas.

E, em Turvo, o contingente indígena soma 511 pessoas, ou seja, 3,59% da população total (14.231). São 120 domicílios particulares permanentes ocupados em solo indígena, média de 4,14 moradores.

BRASIL
No Censo de 2010, o IBGE contou 896.917 pessoas indígenas, o que correspondia a 0,47% da população residente no país, revelando que a população indígena variou 88,82% em 12 anos. O Censo 2022 encontrou um maior número de terras indígenas oficialmente delimitadas passando de 501 em 2010 para 573 no ano passado.

Segundo o instituto, entre os motivos para esse aumento figuram o aperfeiçoamento do mapeamento de localidades indígenas em todo o país, inclusive nas cidades e em áreas remotas; a inserção de procedimentos operacionais padronizados de abordagem às lideranças indígenas; utilização de guias institucionais da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) ou da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai); preparação das equipes regionais e locais da Funai e Sesai para o apoio à operação censitária; incorporação da figura do guia comunitário indígena; treinamento diferenciado das equipes censitárias, além do monitoramento em tempo real da cobertura da coleta censitária e as adaptações metodológicas para facilitar a compreensão do questionário.

“Em cada aldeia contamos com o apoio de pelo menos uma liderança indígena. Nossos agradecimentos a todas as lideranças que assumiram o Censo como uma política de Estado mas também como um direito dos povos indígenas de serem recenseados da melhor forma possível”, disse Marta Antunes, responsável pelo Projeto de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE.

****Com Ag. Brasil

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