Black Friday deve movimentar R$ 269,93 milhões no Paraná, diz CNC

Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR), 13,6% dos entrevistados estão adiantando as compras de Natal para aproveitar as promoções de Black Friday

Novembro chegou e, com ele, a época mais esperada pelos comerciantes e consumidores. A sequência de promoções e ações do comércio para incentivar os consumidores a sair das lojas com os braços cheios de sacolas é o que faz, desta época, um sucesso.

Em entrevista concedida ao CORREIO, o vice-presidente de Comércio da Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig), Marcelo Carlos Gomes, expressou todo o entusiasmo com a data.

“Uma vez que nós já estamos com a pandemia bem controlada, a confiança do consumidor já está sendo retomada. O consumidor está carente dessas compras, ele está carente de promoções. E em contrapartida o nosso comércio local aqui de Guarapuava é bem dinâmico, ele é bem agressivo”, afirmou. “Então, se você for ver, tem várias empresas aqui da cidade que já têm nessas vitrines anunciando a Black Friday. E promoções que não estão sendo feitas apenas na sexta-feira e, sim a semana inteira, ou até mesmo o mês inteiro.”

As expectativas do vice-presidente se confirmam através da pesquisa divulgada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR) no último dia 17 de novembro, que apontou 13,6% dos entrevistados antecipando as compras natalinas. Esse número cresceu 0.9% em comparação com o ano passado.

Entretanto, a mesma pesquisa revelou que, comparado com o ano anterior, 7,3% das pessoas deixaram de considerar a data relevante para as compras. Em 2020, 44% das pessoas consideraram as promoções da Black Friday vantajosas. Este ano, apenas 36,7% concordaram com isso.

Já para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a data deve movimentar R$ 269,93 milhões no Paraná, e quase R$ 4 bilhões em todo o país. No âmbito nacional, esse número representa 6,5% a menos que no ano anterior. É a primeira vez em cinco anos que o número mostra um recuo ao invés de um avanço.

COMÉRCIO

Mas, apesar de as pesquisas ainda indicarem um cenário de incerteza, os comerciantes estão colocando suas esperanças nessas promoções.

O gerente da loja Liberatti, Roberson João Batista, espera que a Black Friday traga um crescimento de 10% nas vendas.

Segundo ele, o setor de eletrodoméstico e móveis está demonstrando um crescimento considerável nos últimos meses, mas as expectativas são de que agora, com a chegada das promoções e as parcelas do 13º salário caindo para os trabalhadores, os investimentos em suas residências também aumentem e, consequentemente, sua loja venda mais.

De outro lado, a colaboradora Luana Aparecida, da Tudo Infantil, vê que o crescimento pode ser ainda maior para eles. Mesmo com promoções de até 30%, a expectativa é que a loja consiga lucrar 30% a mais do que nos meses anteriores.

É claro que os impactos reais desta data só poderão ser confirmados após a grande sexta-feira de ofertas. Ou até mesmo somente após o Natal, já que as pesquisas da CNC apontam uma mudança de época para a compra dos presentes, o que pode impactar nas vendas de dezembro.

HISTÓRIA

Existem muitas teorias sobre a origem do grande evento intitulado Black Friday.

Uma delas é que sua primeira aparição foi por volta de 1960, nos Estados Unidos, quando após um dia de Ação de Graças, feriado muito importante na cultura norte-americana, um clássico do futebol acontecia no país e a movimentação de uma cidade foi maior do que o normal. Para atrair aquele monte de gente que andava pelo local, os comerciantes fizeram promoções relâmpagos. Em 1980, o evento já havia se tornado uma tradição em todo o país.

Sendo assim, a Black Friday foi assumida como um grande momento para os comerciantes e consumidores. Sempre na quarta sexta-feira de novembro, as lojas ofereciam os descontos mais atrativos que pudessem para que o dinheiro girasse.

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