Disco da banda DesDasSeis promete trazer união entre a música clássica e o rock
“Sinfonia e distorção na biblioteca” terá dez faixas e chegará ao público guarapuavano muito em breve. Misturando tudo que a banda mais gosta, rock, rap, hard rock, pop rock, e com certeza a música erudita fazendo conjunto com o rock sulista
Fazer música no interior pode parecer sempre uma missão impossível. Agradar normalmente um público regionalista que busca por canções tradicionais é uma tarefa para os fortes, mas e se de repente uma banda de rock resolve misturar-se a música erudita e trazer bateria, baixo, violino e voz ao mesmo tempo? Chegou a hora do tradicional guarapuavano abrir um espacinho no coração para o DesDasSeis!
Um grupo recente que vem ganhando a passos largos o gosto da cidade, ganhando festivais e produzindo músicas autorais que tem deixado o público com uma pulguinha atrás da orelha. Afinal, quem são DesDasSeis?
Uma reunião de histórias de vida que transformam experiências e vivências em música. Em comemoração aos quatro anos de grupo formado, DesDasSeis estreia em breve o primeiro álbum completo contando somente com músicas originais. Um duo que se transformou em grupo conforme os anos foram passando e agora está finalmente completo com os cinco membros.
Fábio Santos fazendo voz e violão e Alessandro na bateria começaram sem nome definido lá em 2017 tocando em bares e festas os covers de músicas que sempre gostaram. Até que o nome DesDasSeis surgiu, um trocadilho com o apelido de Fábio, “Dezesseis” e referenciando às 6h. “Estamos sempre ativos, desde às seis, por isso: DesDasSeis! Um looping que nunca termina”, explicou Eloi, integrante da banda.
Na sequência, Eloi Mamcasz entrou para compor o baixo e Nilson Jorge para oficializar a voz da banda. E os quatro juntos começaram o que seria o sucesso no rock de Guarapuava. Com composições autênticas, eles começaram a carreira já ganhando festivais, como foi o caso da 9ª edição do Festival Unicentro da Canção (Fuca) de 2019.
No ano seguinte, o integrante que faltava entrou para compor uma área musical muito peculiar para o estilo de música que DesDasSeis produz. Joas Erate adentrou na banda para tocar violino, exatamente, as notas de música erudita que se mesclam com o rock faz com que o grupo produza canções ainda mais autênticas.
Com o grupo completo, era chegada a hora de produzir, e foi isso que a banda fez, junto com o produtor Sérgio da Matta. O novo projeto tem previsão de lançamento para o segundo semestre de 2021. “A banda veio com essa proposta de fazer tudo ao vivo, com a Biblioteca Municipal como cenário de fundo e me sinto muito honrado de participar desse projeto. Já fiz muitas produções de CDs em estúdio e, muitas vezes, acho que fica engessado, não se consegue pegar essa sonoridade que uma produção ao vivo faz”.
ESCAPE
E em momentos como o que estamos vivendo, o que melhor que arte para aliviar toda a dor que vem nos entornando? A música tem sido a válvula de escape de muitos para passar pela pandemia de maneira mais leve e o grupo se apoiou nisso para não desistir.
“O DesDasSeis considera a música como algo essencial para a vida, valorizando ela sempre. A pandemia nos deu tempo para reflexão e preparação, e esse momento nos proporcionou estarmos munidos e preparados para continuar trabalhando investindo em música e no nosso trabalho”.
ESTRUTURA
“Sinfonia e distorção na biblioteca” terá dez faixas e chegará ao público guarapuavano muito em breve. Misturando tudo que a banda mais gosta, rock, rap, hard rock, pop rock, e com certeza a música erudita fazendo conjunto com o rock sulista. É esperar que DesDasSeis conquiste ainda muito público com as músicas cheias de energia e história.
“O álbum faz a narrativa do nosso cotidiano, escritas em nossos ensaios com a colaboração de todos os integrantes. É sobre contar trajetórias e vivências”, disse Eloi.
O que torna cada um dos integrantes parte fundamental para a construção de um bom trabalho. Não resta dúvidas após tantas vitórias que Sinfonia e distorção na biblioteca será mais um deles.
**********Reportagem: Millena Ricardo, especial para CORREIO