Ao invés de um Superman, veio o General Zod

Disponível no catálogo da Amazon Prime Video, “Brightburn – Filho das Trevas” (2019) é um filme de terror dirigido por David Yarovesky, com roteiro de Brian Gunn e Mark Gunn

Certa noite, casal de fazendeiros é surpreendido com a chegada de um bebê numa nave espacial. Literalmente falando, ele caiu do céu.

Passam-se os anos, o menino cresce e apresenta habilidades especiais: força descomunal, raios laser, velocidade sobre-humana, capacidade de voar etc.

Provavelmente, o leitor já leu ou ouvir falar dessa história. Se você disse “Superman” (ou “Super-Homem”)… errou! Na verdade, é até inspirado no Homem de Aço dos quadrinhos da DC Comics (e filmes); porém, as semelhanças param aí.

A proposta do diretor David Yarovesky é apresentar uma versão diabólica do boa praça Clark Kent (alter-ego do Superman). Nos quadrinhos de Jerry Siegel e Joe Shuster, a humanidade teve a sorte de pintar por aqui um alienígena do bem, que se tornou o principal defensor da Terra. Mas, e se tivesse vindo um “cara do mal”, cujo destino é dominar e destruir os humanos?

Pois bem, essa é a premissa de “Brightburn – Filho das Trevas” (2019), filme de terror disponível aos assinantes brasileiros da Amazon Prime Video; e também para aluguel online (caso da Looke).

Com roteiro de Brian Gunn e Mark Gunn, o longa-metragem inicia quando uma criança alienígena cai no terreno de um casal da parte rural dos Estados Unidos, em Brightburn. Eles decidem criar o menino como seu filho. Porém, ao começar a descobrir seus poderes, ao invés de se tornar um herói para a humanidade, ele passa a aterrorizar a pequena cidade onde vive, se tornando uma força obscura na Terra.

Atriz Elizabeth Banks interpreta a mãe do menino que veio do céu (Foto: Reprodução)

MAL
A princípio, “Brightburn – Filho das Trevas” tem uma narrativa tranquila. Os pais do menino dão carinho e amor. Até demais, pois a mãe (vivida pela atriz Elizabeth Banks) exagera um pouco na dose. Mas tudo bem. Mãe é mãe.

Assim, o jovem Brandon Breyer (Jackson A. Dunn) se desenvolve num lar de muito afeto. Ele parece ser também muito comprometido com seus pais, mostrando-se um filho exemplar.

Mas (sempre tem um “mas”) não dura pra sempre. Aos poucos, estranhas vozes atormentam o menino, que passa a descobrir seus poderes e a buscar a verdade sobre seu passado. Pronto. É o primeiro passo para perder o futuro Superman.

O que seus pais descobrem é que o presente dos céus é de grego. Em resumo, ao invés do Clark Kent, veio tipo o “General Zod”. Esse mesmo, o grande vilão de “Superman 2 – A Aventura Continua” (1980) e que aparece novamente em “O Homem de Aço” (2013). Claro, com atores diferentes (Terence Stamp e Michael Shannon, respectivamente), outros diretores, nova história blablabla…

Enfim, Brandon Breyer não parece que vai se tornar o herói da Terra. E isso apesar de usar capa e uma espécie de capuz. Vai por mim, o menino é da pá virada.

VIOLÊNCIA
É bom se preparar para cenas fortes de violência explícita e alguns sustos. Com acertos e erros, “Brightburn – Filho das Trevas” é um longa-metragem que vale uma conferida. É bem realizado e tem ritmo que não cansa.

Curiosamente, esse filme passou batido no Brasil e saiu direto no mercado de home video digital, chegando primeiro aos serviços de aluguel e, finalmente, em plataformas como a Amazon, mais acessíveis.

**********Texto: Cris Nascimento, especial para CORREIO

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