Só neste começo de ano o Brasil já ultrapassou 700 mil casos de dengue. Além disso, 135 mortes foram provocadas pela doença e outros 481 casos estão em investigação, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Entre as gestantes, foram mais de 5 mil registros de contágio pela doença em seis semanas, atingindo uma alta superior a 300% na comparação com 2023.
Em meio ao cenário preocupante, as futuras mamães tornam-se o público principal de atenção e precisam redobrar os cuidados. “Estamos falando de um grupo de risco e que contrair a dengue pode levar ao óbito e resultar em aborto do feto”, explica a ginecologista Roberta Simonaggio.
Em mulheres grávidas e puérperas a doença pode variar de forma assintomática e prejudicar os cuidados necessários com o bebê.
“Se a grávida pegar dengue no começo da gestação, pode levar a um abortamento. Se a infecção ocorrer no meio da gravidez, pode ocasionar o nascimento de um bebê prematuro. E por fim, se a doença for adquirida próxima ao parto, os vírus que estão circulando na mãe podem infectar o bebê, já que a placenta é uma via de transmissão. Assim, se o recém-nascido nascer com dengue, pode ter complicações”, explica a ginecologista.
Após o parto já não é mais possível transmitir ao bebê pelo aleitamento, mas ainda é recomendado o uso de repelente pra evitar o contágio até mesmo do pequeno, “ afinal, a prevenção continua sendo a melhor forma de evitar a doença”, conclui a médica.