Desenhista Eva Furnari é homenageada em estatueta da 33ª edição do Troféu HQMIX
Evento acontecerá virtualmente em 27 de novembro pelas redes sociais do Sesc. Confira mais detalhes na coluna NOTAS TROPICAIS, que tem ainda informações sobre a edição brasileira de “O Diário do Chaves” e PL sobre graffiti no Paraná
A cerimônia de entrega da 33ª edição do Troféu HQMIX, renomado evento do ramo dos quadrinhos no Brasil, já tem data para acontecer: dia 27 de novembro. Devido à pandemia da Covid-19, a realização será de forma remota e transmitida nas redes sociais do Sesc. As informações são de assessoria.
A cada ano, um famoso personagem nacional é escolhido para representar o troféu da premiação. Para 2021, a Bruxinha Atrapalhada, da desenhista Eva Furnari, será o símbolo do evento. A personagem teve grande representatividade nos quadrinhos da Folhinha de São Paulo, segmento infantil do jornal Folha de S. Paulo, durante os anos 1980 e 1990. Eva também é escritora de sucesso, com a conquista de sete prêmios Jabuti. O artista plástico Wilson Iguti é o responsável pela criação da estatueta.

Indicados
Os indicados de cada categoria serão divulgados em final de setembro e serão escolhidos em votação nacional pelos mais de dois mil profissionais da área. Para mais informações acesse https://hqmix.com.br/ e acompanhe o Facebook (https://www.facebook.com/hqmix) e Instagram da cerimônia.
Carreira
Eva Furnari nasceu em Roma, Itália em 1948 e veio para o Brasil ainda criança. Formou-se em Arquitetura e Urbanismo pela USP e foi professora de artes no Museu Lasar Segall de 74 a 79. Começou sua carreira de escritora e ilustradora de livros infantis e juvenis em 1980 e desde então, publicou mais de 70 livros. Publicou, por quatro anos, histórias da Bruxinha nos suplementos infantis dos jornais Folha de São Paulo e Estado de São Paulo. Seus livros foram publicados na Inglaterra, Turquia, China, Chile, México e muitos deles foram adaptados para o teatro. Ao longo de sua carreira, Eva Furnari recebeu diversos prêmios, entre eles o Prêmio Jabuti pela CBL por oito vezes e foi premiada por nove vezes pela FNLIJ
Chaves
A editora independente Pipoca e Nanquim (que leva o nome do famoso canal no YouTube de cultura pop) publica no Brasil “O Diário do Chaves”, trabalho de Roberto Gómez Bolaños. “Este é o livro oficial do criador de Chaves e Chapolin, dois dos maiores seriados humorísticos de todos os tempos, e, aqui no Brasil, ele é da Pipoca e Nanquim! Que honra!”, diz a editora, em suas redes sociais. Por enquanto, o material está em pré-venda na Amazon. Capa de Thobias Daneluz para a edição brasileira; e mais ilustrações originais da obra, feitas à mão também por Bolaños.
Chaves 2
“O Diário do Chaves”, escrito em 1995 pelo criador do personagem, Roberto Gómez Bolaños, é o livro que encerra de forma brilhante a trajetória de uma das figuras mais amadas da televisão mundial. Considerado canônico pelo Grupo Chespirito, a obra é um mergulho no divertido universo que Bolaños desenvolveu para o programa mexicano, cujas exibições tiveram início em 1972 e se estenderam até meados dos anos 1990, com direito à participação de Chiquinha, Quico, Seu Madruga, Dona Florinda, Professor Girafales, Senhor Barriga, Dona Clotilde e demais personagens, às voltas com os bordões e as confusões que tanto caíram nas graças do público brasileiro.
Chaves 3
Além de trazer a obra completa, com uma narrativa repleta de fatos inéditos a respeito da vida do Chavinho, como sua trajetória antes de chegar à vila do Seu Barriga, a edição da Pipoca e Nanquim também é um trabalho documental, pois apresenta diversos extras exclusivos.
Graffiti
Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa do Paraná quer tornar reconhecida a prática do graffiti (esta coluna prefere utilizar o termo original adotado pelos grafiteiros brasileiros) como manifestação artística de valor cultural. A proposta 425/2021, protocolada pelo deputado Boca Aberta Jr. (PROS), determinar que as artes sejam realizadas com o objetivo de valorizar o patrimônio público ou privado, desde que autorizada por estes.

Graffiti 2
De acordo com a proposta, os temas dos graffitti não poderão conter conteúdo publicitário. Por isso, diz o projeto, as intervenções artísticas não poderão fazer referências a marcas ou produtos comerciais. Também não poderão conter referências ou mensagens de cunho pornográfico, racista, preconceituoso, ilegal ou ofensivo a minorias, grupos religiosos, étnicos ou culturais.
Graffiti 3
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia vai analisar a legalidade e constitucionalidade da matéria. Caso aprovado, o projeto de lei estará apto para ser apreciado pelas demais Comissões da Assembleia antes de seguir ao plenário.