Investigadora da PCPR orienta sobre segurança no campo em palestra no Sindicato Rural de Guarapuava
Rosana Botelho é investigadora da Polícia Civil e atua na região de Toledo; o evento contou com a participação de agricultores de Guarapuava e região
O Sindicato Rural de Guarapuava recebeu nesta terça-feira (18) um bom público de produtores rurais para uma palestra sobre a segurança no campo. O assunto foi debatido pela investigadora da Polícia Civil do Paraná (PCPR), Rosana Botelho, que atua na 20ª Subdivisão Policial (SDP), em Toledo, e tem pesquisado sobre o tema.
O objetivo do evento foi orientar os participantes e promover uma reflexão sobre mudanças de comportamento que podem contribuir para uma maior segurança na zona rural. Inicialmente a palestrante comentou sobre o direito da propriedade privada e à segurança. Interagindo com os produtores, questionou o conhecimento deles sobre as polícias existentes no Brasil e suas funções.
“A nossa conversa hoje é justamente criar uma aproximação entre polícia e comunidade rural, no intuito de trazer para eles não apenas o conhecimento no aspecto legislativo, teórico, mas também o dia a dia prático do que tem sido a violência e a criminalidade no campo”, comentou Rosana.
Segundo ela, a dinâmica precisa ser de interação para que o assunto possa ser compreendido e para que as informações relevantes sejam consideradas em um momento de necessidade.
“A conversa parte de um ponto de reflexão, num aspecto de cidadania, trazendo dicas de segurança tanto em termos de mudança estrutural, mas em mudança de comportamento, algo que eu destaco muito: se você mudar sua forma de pensar, pode mudar sua realidade”.
Durante a apresentação, a investigadora reforçou algumas orientações que já são dadas pela Patrulha Rural da Polícia Militar e outras alterações na propriedade que podem diminuir o risco de assaltos ou crimes semelhantes. “Dicas simples, mas que podem fazer toda a diferença para que essa família, essa propriedade não seja alvo de criminosos. Muitos desses crimes que ocorrem podem ser evitados se medidas como essas que foram ditas aqui hoje forem adotadas”, destacou.
Conforme Rosana, o ideal é que se tenha uma única entrada de acesso na propriedade e que os moradores formem uma rede de contatos com vizinhos de suas comunidades. Ela também recomenda atenção no momento de contratar funcionários ou prestadores de serviços. Outro ponto é a manutenção nos equipamentos de segurança, como câmeras de monitoramento, cadeados, correntes e luminosidade na propriedade.
PERFIL
A policial atua há mais de 10 anos na região de Toledo e tem relação familiar com o meio rural. “Sou filha de agricultor, meu pai tem uma pequena propriedade rural também, eu venho de família de agricultores, mas hoje meu vínculo maior é realmente na área de conhecimento. Eu sou acadêmica do curso de mestrado em Desenvolvimento Regional em Agronegócios e a linha da pesquisa é a Economia do Crime. E, hoje na pesquisa que eu tenho realizado, está voltado para área de crimes ocorridos em áreas rurais. É dessa forma que eu tenho conseguido contribuir com quem vive no campo”, afirmou.