Guarapuava será sede de curso de queijo artesanal promovido pelo IDR-PR

A capacitação é gratuita e terá dois meses de duração, visando aumentar a qualidade do queijo produzido no Estado e ajudar os produtores a agregar valor ao produto

Produtores de leite e queijo de Guarapuava e região poderão participar de um curso de queijo artesanal promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-PR) em parceria com outras entidades, durante dois meses. O objetivo é qualificar a cadeia produtiva e auxiliar na agregação de valor e qualidade da produção. A capacitação vai de 7 de outubro a 25 de novembro e ocorre das 13h às 17h, toda sexta-feira.

De acordo com o Engenheiro de Alimentos do IDR-PR e idealizador do curso, Marcelo Barba Bellettini, professores, alunos e outros interessados também podem participar da capacitação que terá oito módulos e será realizada no auditório do Cedeteg. “O evento é gratuito. Não tem custo nenhum. Quem estará ministrando são pessoas do Ministério da Agricultura, da UTFPR de Beltrão, da Universidade Federal da Fronteira Sul de Laranjeiras, da Unicentro, da Adapar de Cruzeiro do Oeste e do IDR-Paraná”, explicou.

Não há limite de inscrição e elas podem ser feitas no Escritório Regional do IDR-PR de Guarapuava, ou pelo telefone (42) 3621-9300. Conforme a organização, os produtores da região devem procurar a secretaria de agricultura de seus municípios para verificar a gratuidade do transporte que foi acordado junto ao IDR-PR.

Outra intenção da iniciativa é orientar os produtores para que possam concorrer também ao prêmio Queijos do Paraná, que deve ser realizado ainda no primeiro semestre de 2023. “A gente espera que tenhamos representantes e depois do curso de capacitação de queijeiros, que a gente possa ter inclusive vencedores”, aponta Marcelo.

MÓDULOS
Nesta próxima sexta-feira (7), ocorre o primeiro módulo onde será discutido o tema de saúde e sanidade do rebanho. No dia 14, o assunto abordado será nutrição animal. “É muito comum na nossa região os animais passarem fome no inverno. Vamos estar falando sobre isso porque influencia na quantidade”.

O sexto módulo será no dia 21 tratando da obtenção higiênica do leite e de boas práticas na fabricação de queijo. Marcelo destaca que no quarto encontro, em 28 de outubro, o curso abordará a legislação brasileira, projeto e implantação agroindustrial para produção de queijo artesanal. Na sexta-feira seguinte (4 de novembro), os palestrantes falam sobre gestão de qualidade e financeira na agroindústria.

Bellettini conta que objetivo é qualificar a cadeia produtiva e auxiliar na agregação de valor e qualidade da produção (Foto: Redação/Correio)

O módulo 6 programado para o dia 11 de novembro vai abordar o turismo rural e o queijo artesanal. “Essa é uma excelente oportunidade de venda do produto. Você pode vender queijo, mas você pode vender um café colonial. Você vende o queijo e a visita. Tem um atrativo para ir e você ganha com isso”, afirma Marcelo.

A organização rural será o assunto no dia 18 de novembro, onde será explicado os passos para criação de uma associação, garantindo mais oportunidades e unidade entre os produtores. “Há duas semanas foi feito o concurso mundial de queijos, ele ocorreu no Brasil, em São Paulo. Dez por cento de todas as medalhas do mundo são do Paraná. Os nossos queijos são tão bons quanto os queijos de Minas Gerais, a gente não tem a fama dele, mas tem a qualidade. O que entristece é saber que não houve nenhum participante da nossa região porque não existe organização entre os queijeiros”, pontua. Para finalizar, o módulo 8 apresenta a tecnologia de fabricação do queijo colonial artesanal.

CONCURSO
As inscrições para o concurso Queijos do Paraná podem ser feitas até 1º de março de 2023 e a premiação será em 1º de junho. Segundo o presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, a entidade vai aproveitar esse período para capacitar produtores e aprimorar a qualidade dos produtos.

O vice-governador Darci Piana destacou que o Paraná ter conquistado o certificado internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação abre mais portas do mercado internacional para os diversos tipos de carne. “E por que também não para o nosso queijo e leite?”, questionou. “Nós sabemos as dificuldades para competir leite em pó, mas com o queijo é muito mais fácil, então vamos mostrar que temos produto de qualidade, com preço justo e infraestrutura para participar do mercado mundial”, ressaltou.

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