Dia Mundial do Café aponta futuro próspero para produtores paranaenses

Das boutiques às grandes cooperativas, cafeicultores de todo o estado têm otimismo com o futuro do setor e diversificação do tipo de consumidor de café. Blog da RPC traz entrevista com presidente Executivo da Coamo

A história da produção mundial de café se confunde à do Brasil. Desde o século XVIII, quando as primeiras mudas foram plantadas por aqui, o país se tornou sinônimo de qualidade no setor e teve, por anos, a cafeicultura como carro-chefe da economia. Neste 14 de abril, Dia Mundial do Café, os cafeicultores paranaenses têm motivos de sobra para comemorar, mesmo em momento adverso.

Em 2020, o consumo de café em território nacional cresceu 1,34%, chegando 21,2 milhões de sacas de 60 quilos, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O número é o 2º maior da série histórica, iniciada em 2011, e é representativo diante da crise da Covid-19, que afetou praticamente todos os setores.

No Paraná, o caminho foi semelhante: segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), a safra de 2020 foi de 943 mil sacas de 60 quilos, cerca de 1% maior que o ano anterior.

BRASILEIRO BEBE CAFÉ “QUE NEM ÁGUA”, APONTA PESQUISA
Uma pesquisa encomendada logo no início da pandemia, no primeiro semestre de 2020, apontou o que muitos já suspeitavam: o brasileiro bebe, em média, quatro xícaras de café por dia. O levantamento da JDE (Jacobs Douwe Egberts) constatou que apenas a água tem números superiores, mas o café foi uma das bebidas que apresentou aumento de consumo desde março do ano passado.

Parte disso pode ter explicação no fato que, em casa, as pessoas mudaram os hábitos: deixaram de tomar o café casual em cafeteria para fazê-lo em casa. Entre uma xícara e outra, na distração do lar, o cafezinho foi ganhando ainda mais força.

COAMO PREVÊ CRESCIMENTO DE 15% PARA 2021 COM AÇÕES DIRECIONADAS
A Coamo Agroindustrial Cooperativa, uma das maiores e mais respeitadas do Paraná, também prevê números positivos para o ano. De acordo com Airton Galinari, presidente executivo da Coamo, o crescimento físico na cafeicultura deve ser de 15%.

“Faremos isso por meio do incremento de vendas nos clientes atuais com ações direcionadas, visando conquistar ainda mais a preferência do consumidor final, aliado ao desenvolvimento de novos mercados como a exportação”, aponta Galinari.

Assim como apontado pelas pesquisas do setor, Galinari avalia que o setor sofreu, sim, com a pandemia. Por outro lado, o home office e o fato das pessoas passarem mais tempo em casa aumentou o consumo doméstico, que responde pela maior fatia do mercado. Esse acontecimento, aponta o diretor executivo, exige das indústrias mais atenção e estratégias dentro dos pontos de vendas dos Supermercados e Cash.

“Com o comprometimento das ações de degustação e abordagem face à pandemia, buscamos novas alternativas através de ações via clube de compras dos varejistas e intensificação de ações em redes sociais através de influencers digitais”, detalha Galinari.

CONSUMIDOR MAIS EXIGENTE MANTÉM COOPERATIVA ATENTA AO SETOR PREMIUM
A Coamo trabalha de olho, também, na parcela de público interessada em um café premium. Atualmente, o carro-chefe da cooperativa é o Café Coamo Tradicional, mas outro que cresce muito em vendas é o café Coamo Premium, disponível na versão vácuo 500g e, também, em grão em pacotes valvulados de 1kg.

“Os consumidores estão cada vez mais exigentes buscando padrão e qualidade, pagando mais por produtos e marcas que garantem estas entregas e trabalhamos exatamente com esta categoria de produtos, que nos dá a segurança e a certeza de crescimento no mercado”, diz Galinari. “O crescimento de consumo de cafés especiais praticamente triplicou nos últimos anos e, com previsão de dobrar nos próximos quatro anos, ganha ano após ano maior importância dentro do mercado total”.

Link para a matéria completa: https://www.negociosrpc.com.br/deolhonomercado/economia/2021-04-14-dia-mundial-do-cafe-futuro-produtores-paranaenses/

***********Fonte: Negócios RPC

Deixe um comentário