Curso de Agronomia da Unicentro divulgou projetos e pesquisas no Dia de Campo de Verão da Agrária

A participação da Unicentro no Dia de campo de Verão foi uma oportunidade para que estudantes e visitantes trocassem experiências e ampliassem contatos dentro da profissão

A Unicentro marcou presença na edição de 2022 do Dia de Campo de Verão. O evento é realizado pela Cooperativa Agrária e pela Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), e durante a programação de dois dias conta com palestras e discussões relacionadas aos cultivos de milho, soja, feijão, batata e tomate.

A instituição mostrou o que é desenvolvido na universidade em termos de pesquisa e extensão tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação. “É uma oportunidade de interagir com a comunidade para que conheçam um pouco mais do nosso trabalho e que nós também possamos conversar com os produtores e egressos”, destaca a chefe do Departamento de Agronomia, professora Deonísia Martinichen.

Na área de Fitossanidade de Plantas, por exemplo, o objetivo foi falar sobre insetos, doenças e plantas daninhas dentro da área agrícola, enquanto na parte de Fitopatologia foram repassadas informações sobre pesquisas na área de defesa das plantas. “Na entomologia, a gente faz o estudo do hábito dos insetos, principalmente, para identificar comportamentos dessas pragas e obter dados mais eficientes sobre como realizar o manejo. Também realizamos trabalhos com feromônios que podem gerar armadilhas para monitoramento ou eliminação dessas pragas, e também temos uma linha de controle biológico. Então, estudamos o comportamento e as diversas formas de manejar essas pragas na lavoura, o que pode trazer benefícios ao produtor”, explica o acadêmico João Victor Carmo. “A ideia é que o estande represente aquilo que estudamos no laboratório e aquilo que a gente costuma mostrar para os alunos de mais atual referente à nossa área específica”, acrescenta a professora Cristiane Nardi.

Falando aos visitantes sobre climatologia aplicada à agricultura, o professor Sidney Jadoski destaca que foram levados até o dia de campo “equipamentos da parte de meteorologia, uma miniestação meteorológica, uma forma de coleta de dados em tempo real que podemos analisar e, a partir daí, interpretando as possibilidades que existem, tirar proveito desses dados na aplicação agrícola em geral”. Além disso, o professor também apresentou informações sobre um projeto realizado em parceria com a Universidade Deakin, da Austrália. “É um estudo um pouco mais aprofundado sobre alterações climáticas na região, buscando interpretar as questões de normalidade climática e os impactos na região de Guarapuava e nas questões agrícolas com as características locais”, elucida.

FERTILIZANTES

A demonstração de sistemas de distribuição de fertilizantes também chamou a atenção. Um dos sistemas mostra a distribuição convencional. O outro, a distribuição por transbordamento, que garante maior e melhor uniformidade na hora de fertilizar a lavoura. “Os fertilizantes são um dos custos mais altos de um sistema de produção que é a parte de adubação. Então, se você garantir uma maior uniformidade, estará maximizando o lucro”, ressalta o doutorando Vitor Hugo Outeiro sobre a importância da utilização de bons sistemas de fertilização.

Ainda na parte de tecnologias aplicadas à produtividade, foi apresentado no estande um protótipo, ainda em fase de desenvolvimento, de um equipamento capaz de medir o volume e a área de superfície de tubérculos. “Nós criamos uma maneira de fazer um escaneamento 3D da batata, sem a necessidade de um scanner 3D a laser, que é um equipamento muito específico e de alto custo. Então, desenvolvemos essa metodologia por fotogrametria, utilizando fotos de uma câmera normal. Com esse modelo, conseguimos medir o volume e a área da batata, a incidência de doenças e a área lesionada da superfície de um tubérculo, que é utilizado como parâmetro em experimentos científicos”, pontua o mestrando Felipe Milla.

PROJETOS

O estande também foi um espaço de divulgação dos resultados já obtidos pelo projeto “Manejo e Conservação do Solo e da Água na região Centro-Sul do Paraná”, realizado em parceria com a Agrária e com a Fapa, e coordenado pelo professor Cristiano Pott. O projeto está há três anos no campo e teve poucos eventos monitorados devido ao período de seca, o que condicionou menor precipitação e, consequentemente, menor escoamento superficial. “Apesar de não termos escoamento, a cevada do ano passado começou a mostrar indícios de que o tratamento com a prática conservacionista de terraço mostra superioridade em relação ao tratamento padrão exatamente nesse período de seca porque conseguiu reter a água”, avalia o professor.

A produção de batata-semente em sistema de aeroponia também foi demonstrada no espaço reservado para a universidade, possibilitando apresentar a forma de cultivo aos produtores e também orientá-los quanto ao manejo da prática. Esse sistema, explica o doutorando Leonardo Balena, elimina o uso de solo, o que reduz a possibilidade de transmissão de doenças para a planta. “A importância da pesquisa que estamos desenvolvendo é que vai viabilizar o uso de uma semente mais sadia, utilizando menos terra para produzir mais batata, barateando o custo da batata também para o consumidor final”.

A participação da Unicentro no Dia de campo de Verão foi uma oportunidade para que estudantes e visitantes trocassem experiências e ampliassem contatos dentro da profissão. “O aprendizado é muito grande, a gente consegue ver todas as realidades. A gente já consegue ter contato com as empresas, porque isso é muito importante no nosso dia a dia e para o nosso futuro”, disse João Antônio Meira, que visitou o estande.

***Coorc/Unicentro com edição

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