Boletim estima produção de 21,5 milhões de toneladas de soja no Paraná

Segundo o levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), é esperada uma produção de milho da ordem de 3,96 milhões de toneladas

O Departamento de Economia Rural (Deral), ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), divulgou na última semana o tradicional Boletim Conjuntural, em que traz informações relativas à safra 2022/2023. 

Uma das informações mais importantes do documento diz respeito à produção de milho e soja no Paraná. A expectativa é que sejam plantados 406,5 mil hectares de milho, com produção estimada em 3,96 milhões de toneladas. 

“Se confirmada, esta produção será 33% maior que a anterior. O plantio deve se intensificar a partir de setembro, porém já há relatos de plantios pontuais pelo Estado”, diz o boletim, pontuando que há uma redução de 6% na área “ligada à perda de área para a soja”.

E, em relação à soja, deverão ser plantados a partir de setembro 5,73 milhões de hectares, com produção de 21,5 milhões de toneladas – cerca de 78% superior à de 2021. 

O Deral apresentou uma revisão da área de trigo no Paraná, que subiu de 1,17 milhão de hectares para 1,18 milhão. A mudança não trouxe mudanças significativas para o potencial de produção, que deve ficar na casa das 3,9 milhões de toneladas. 

“Esse potencial ainda pode ser atingido, porém há dois fatores climáticos que podem dificultar isso”, diz o Deral, citando a seca, que resultou em produtividade de 2.600 a 2.700 kg/ha nas primeiras lavouras colhidas, um rendimento 10% menor que o esperado, e as geadas que se formaram no final de semana do dia 20 de agosto. 

“Foram registradas temperaturas negativas em lavouras suscetíveis de maneira mais expressiva nas regiões de Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul, como previsto. Apesar de não haver tempo hábil para mensurar a intensidade dos danos pelo frio na produção, a abrangência do fenômeno foi refletida no relatório das condições das lavouras”, diz o boletim. “Houve rebaixamento das condições de trigo em 7% da área do estado, sendo que 1% foi classificada como ruim e deve ter perdas severas, e 6% foi classificada como média, em função da grande chance de apresentar problemas futuramente.”

MANDIOCA

O Deral aponta que as condições climáticas estão normalizadas nas principais regiões produtoras de mandioca no Paraná. E que os trabalhos com o plantio da safra 2022/2023 já foram retomados, “assim como a colheita que deverá se intensificar nos próximos dias e com isso diminuir a ociosidade que as fecularias vinham registrando nas últimas semanas”. 

No momento, a comercialização também está se desenvolvendo de forma satisfatória, destaca o boletim, com preços “altamente  remuneradores na presente safra”. 

“Em termos nominais, no período de julho de 2021 a julho de 2022, os preços recebidos pelos produtores aumentaram de R$ 435,00/t para R$ 886,00/t de mandioca posta na indústria. Portanto, este valor demonstrou que houve um crescimento de 104% no espaço de um ano”, diz o boletim.

****Com Deral/Seab

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