Abate de bovinos, suínos e frangos têm resultado positivo no 1º trimestre de 2023

Os dados são do levantamento realizado pelo IBGE e mostram crescimento em relação ao mesmo período de 2022; a captação de leite apresentou redução devido a queda registrada nas principais regiões produtoras

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na terça-feira (6) os resultados da produção animal no 1º trimestre de 2023. Um dos destaques foi o setor da bovinocultura de corte com 7,34 milhões de cabeças de bovinos abatidos, sob algum tipo de serviço de inspeção sanitária. Essa quantidade foi 4,8% superior à obtida no 1° trimestre de 2022, mas representou um recuo de 2,7% frente ao 4º trimestre do ano passado.

Conforme a pesquisa, o abate de 333,04 mil cabeças de bovinos a mais no 1º trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por aumentos em 19 das 27 Unidades da Federação (UFs). Na contramão, o Paraná está entre os estados que apresentaram variação negativa com -3,30 mil cabeças.

SUÍNOS

Na suinocultura o resultado foi positivo tanto em relação ao 1º trimestre do ano passado (+3,2%) quanto ao trimestre anterior, ou seja, o 4º de 2022 (+1,2%). Nos três primeiros meses deste ano foram abatidas 14,16 milhões de cabeças de suínos, o melhor resultado do abate de suínos para os meses de janeiro, fevereiro e março e o melhor 1° trimestre da série histórica, iniciada em 1997.

De acordo com o IBGE, as altas mais expressivas foram em Santa Catarina (+349,21 mil cabeças), Paraná (+114,39 mil), Mato Grosso do Sul (+63,86 mil) e Rio Grande do Sul (+58,81 mil). No ranking das UFs, Santa Catarina continua liderando o abate de suínos, com 29,9% da participação nacional, seguido por Paraná (20,5%) e Rio Grande do Sul (17,3%).

FRANGOS

No 1º trimestre de 2023, foram abatidas 1,60 bilhão de cabeças de frangos, representando aumentos de 4,9% em relação ao mesmo período de 2022 e de 2,3% na comparação com o 4° trimestre de 2022. Este resultado determinou novo recorde trimestral na série histórica desde que a Pesquisa foi iniciada em 1997, com os maiores registros já computados em meses de janeiro, fevereiro e março.

O Paraná lidera amplamente o abate de frangos, com 34,1% da participação nacional, seguido por Santa Catarina (13,1%) e Rio Grande do Sul (12,7%). A produção paranaense teve uma alta de +48,17 milhões de cabeças. 

LEITE

O levantamento do IBGE destaca ainda que a  aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,88 bilhões de litros em janeiro, fevereiro e março, o equivalente à redução de 1,2% em relação ao 1° trimestre de 2022, e decréscimo de 6,9% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

O decréscimo de 71,36 milhões de litros de leite captados em nível nacional se deve a reduções em 15 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações negativas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (-80,82 milhões de litros), Bahia (-15,45 milhões), Pernambuco (-13,57 milhões), Mato Grosso (-9,47 milhões), Paraná (-8,66 milhões) e São Paulo (-7,84 milhões). Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,4% da captação nacional, seguida por Paraná (14,2%), Rio Grande do Sul (12,6%) e Santa Catarina (12,3%).

OVOS

A produção de ovos de galinha atingiu  o recorde de 1,02 bilhão de dúzias no 1º trimestre de 2023.. Essa quantidade foi 2,6% superior à estimativa do 1º trimestre de 2022 e 2,8% menor que a apurada no 4º tri de 2022. Apesar da retração em relação ao trimestre imediatamente anterior, essa foi a maior produção já registrada para um 1º trimestre e a sétima vez que a produção ultrapassou a marca do bilhão, considerando a série histórica da Pesquisa, iniciada em 1987.

*Com IBGE

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