Roda de conversa entre homens busca reforçar masculinidade mais saudável nos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência de Gênero

A ação faz parte da programação dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência de Gênero promovido pela Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, Procuradoria da Mulher e a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para a Mulher

Provocar uma reflexão sobre equidade de gênero e ampliar o debate entre homens sobre as suas próprias fragilidades, auxiliando na busca de uma masculinidade mais saudável, são algumas das finalidades que fizeram parte da roda de conversa voltada aos trabalhadores da SURG. A ação realizada pela Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres, Procuradoria da Mulher e a Secretaria Municipal de Políticas Públicas para a Mulher faz parte da programação dos 16 Dias de Ativismo Pelo Fim da Violência de Gênero. 

“Estamos trabalhando este ano com toda questão da promoção de uma masculinidade consciente, aflorando os sentimentos e o autoconhecimento que os homens precisam ter e a roda de conversa veio como espaço de escuta para eles. Nós vemos com exemplos básicos apresentados aqui, que muitas vezes se acham incapazes, como cuidar de alguém doente ou fazer tarefas de casa. Mas, que na verdade eles são capazes sim, essa é a sociedade que nós queremos, que seja igualitária, cada um conquistando e respeitando o seu espaço”, destacou a secretária de Políticas Públicas para Mulheres, Priscila Schran.

Orientados pelo JR LAB:Justiça Restaurativa do Centro Universitário Campo Real, os trabalhadores participaram de uma dinâmica com caixas de sentimentos, ministrada pela advogada Vanesca Toledo Karpinski. “São sentimentos e emoções que a gente dificilmente fala. E aqui eles escolhem o que estão sentindo no momento ou se alguma vez  já passaram por aquele tipo de sentimento, então eles acabam refletindo né? E nós trabalhamos nesse sentido de como transformar isso em algo positivo”, explicou. 

Para o oficineiro e acadêmico, Wellington Santos, a dificuldade em se expressar foi o que fez ele fazer parte do projeto. “A gente muitas vezes passa despercebido e esse momento de diálogo acaba transformando a realidade das pessoas. Mesmo que seja um breve momento, mas é um momento em que as pessoas conseguem se abrir, conseguem dizer aquilo que elas sentem e muitas vezes não tem um espaço para falar”, testemunhou. 

O seu Alfeu César Gomes, de 60 anos, enalteceu a iniciativa. “Espero que sejam rotineiras dinâmicas como essa, para que nós possamos extravasar nossos sentimentos. Muitas vezes a gente chega aqui e trabalha no automático, não sabemos o que pode estar acontecendo com os nossos próprios companheiros de trabalho e esse espaço permite isso, permitiu que eu pudesse me conhecer mais e conhecer meus colegas”, finaliza. 

A equipe da Secretaria de Políticas Públicas para a Mulher iniciou um levantamento de empresas que possuem maior número de homens para que mais rodas de conversas possam ser realizadas nesses ambientes. 

 16 DIAS DE ATIVISMOS PELO FIM DA VIOLÊNCIA DE GÊNERO 

A programação segue nesta terça-feira (30), com a Palestra “Impactos da diversidade e inclusão para sustentabilidade”, às 19h, no Miniauditório CT (Campo Real).

As inscrições podem ser realizadas via aplicativo CG 2035

SECOM/Pref. de Guarapuava

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