No Agosto Dourado, governador Ratinho Junior reforça importância da doação de leite materno
O leite materno é um alimento completo. Ele é a melhor fonte de nutrição infantil, sendo capaz de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde
O incentivo ao aleitamento materno é o principal objetivo da campanha mundial conhecida como “Agosto Dourado”, que reforça a importância da amamentação aos bebês. Até dois anos de vida, o alimento é a principal fonte de nutrientes que eles precisam, segundo os especialistas em saúde pública.
No Paraná, 14 Bancos de Alimento Humanos (BLH) e 17 Postos de Coleta ajudam a qualificar a assistência neonatal e contribuem para a redução da mortalidade infantil. Os locais para a coleta podem ser consultados no site da Secretaria Estadual da Saúde (www.saude.pr.gov.br/pagina/aleitamentomaterno).
O leite materno é um alimento completo. Ele é a melhor fonte de nutrição infantil, sendo capaz de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde.
No Paraná, há um declínio continuado na Taxa de Mortalidade Infantil (TMI). Em 2003, por exemplo, a taxa de mortalidade era de 16,5 por mil nascidos vivos. Desde então, o Estado diminuiu em 7,2 pontos a taxa por mil nascidos vivos. Em 2020, teve a maior redução desde 1994 (25,1 por mil nascidos vivos), com taxa de 9,3 por mil nascidos vivos. Os dados são do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos do Governo Federal (Sinasc).
O leite materno protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias. Também reduz o risco de a criança desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes, sobrepeso e obesidade na vida adulta. Favorece, ainda, o desenvolvimento da cavidade bucal resultando em dentes mais saudáveis, menos problemas de mastigação, de fala e respiração. Além de efeito positivo na inteligência da criança.
A amamentação também ajuda no fortalecimento de crianças prematuras. Para cada litro de leite oferecido para elas é possível diminuir dois dias de permanência na UTI neonatal. Assim, a alta hospitalar é mais precoce, pois as crianças ganham peso mais rápido e ficam mais resistentes.
Quanto à mulher que amamenta, ocorre o aumento do vínculo com o bebê, reduz o risco de câncer de mama e de sangramento no pós-parto, além de ajudar na perda de peso pós gestacional.
“Temos uma grande rede de atendimento para todas as crianças do Estado. Amamentação é um ato de amor e de proteção. No Paraná, temos esse mês dedicado ao aleitamento e proteção desse ciclo virtuoso de vida e estamos incentivando cada vez mais as ações de saúde pública materno infantil”, disse Ratinho Junior.
BANCOS DE LEITE HUMANO
Mães que amamentam e possuem boa produção de leite também podem ajudar outras crianças através da doação de leite humano. A ação é essencial para atender recém-nascidos prematuros, em especial aos de baixo peso, com patologias ou que não podem ser alimentados diretamente pelas próprias mães.
No Paraná, a coleta e o processamento do leite humano são realizados com rigoroso controle de qualidade. O alimento é distribuído para bebês prematuros e de baixo peso de acordo com as necessidades de cada recém-nascido. O Banco de Leite Humano e os postos de coleta são responsáveis também pela promoção do aleitamento materno, atuando como ponto de apoio para atendimento de orientação, promoção e apoio à amamentação.
Lactantes com dificuldades no processo de amamentação podem procurar os locais para receber auxílio nas técnicas de pega e posicionamento do bebê e orientações quanto a manejo de outros problemas relacionados como dor para amamentar, fissuras, engurgitamento mamário e pouca produção de leite.
ESTRATÉGIAS
Diversas medidas são adotadas pelo Paraná para fomentar ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno até os dois anos ou mais, sendo exclusivo nos primeiros seis meses de vida. As estratégias vão desde a Atenção Primária à Saúde (APS) até a Atenção Hospitalar.
Na Atenção Primária à Saúde, a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil (EAAB) capacita profissionais das Unidades Básicas de Saúde e da Estratégia Saúde da Família com o objetivo de promover a prática do aleitamento materno e alimentação complementar saudável em crianças até dois anos, e também melhorar o hábito alimentar das famílias.
Na Atenção Secundária e Terciária existe a Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), a Rede de Bancos de Leite Humano (rBLH) e o Método Canguru (MC), voltados aos recém-nascidos prematuros e de baixo peso. Essas ações dentro dos hospitais proporcionam o aleitamento materno no início da vida.
Também há ações que são transversais e intersetoriais, como a Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL) e a Estratégia Mulher Trabalhadora que Amamenta (MTA), que tem a finalidade de apoiar as mulheres que trabalham fora de casa e desejam continuar amamentando os seus filhos mesmo após o retorno ao trabalho.