IAT notifica propriedade rural com irregularidades ambientais

Localizada em General Carneiro, a área abriga um afluente do Rio Iratinzinho, que foi submetido ao descarte incorreto de embalagens de agrotóxicos e lixo, além de outros crimes ambientais. O IAT emitiu notificação e apura todos os crimes para definir a autuação

Fiscais do Escritório Regional de União da Vitória do Instituto Água e Terra (IAT) encontraram nesta sexta-feira (19) diversas irregularidades ambientais em uma propriedade rural de General Carneiro, no Sul do Paraná. A área abriga um afluente do Rio Iratinzinho.

“Entre as irregularidades verificadas estão a lavagem de embalagens de agrotóxicos neste rio, um crime ambiental muito sério”, afirmou Daniela Nicole Ferreira, chefe regional do IAT. “Também foram encontradas situações de barramento em área de Preservação Ambiental (APP), buracos utilizados para enterrar lixos e animais mortos, tudo nas margens do córrego”.

O dono da propriedade não foi encontrado no local. O IAT emitiu uma notificação e apura todos os crimes para definir a autuação. Foi recomendada, ainda, a retirada imediata de todas as embalagens de agrotóxicos das margens do córrego, com a correta destinação das mesmas, e a paralisação de todos os serviços prestados na propriedade.

AGROTÓXICOS 

Na compra de uma embalagem contendo agrotóxico o produtor rural é orientado sobre a destinação final correta. É necessário fazer a tríplice lavagem em local adequado, nunca com água do rio, deixar secar em local específico para o armazenamento e, posteriormente, levar a um posto de recebimento.

O Paraná tem 12 centrais e 58 postos de recebimento. No Brasil são 411 unidades de recebimento das embalagens de agrotóxicos, das quais 110 centrais e 301 postos.

Além disso, o IAT coordena um projeto no Estado chamado Campo Limpo, para que esses resíduos se transformem em matérias-primas para novos produtos. Eles podem se tornar novas embalagens de defensivos agrícolas (Ecoplásticas®) e tampas (Ecocaps®) destinadas e fabricadas pelo Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (InpEV).

Também cabe ao instituto a fiscalização dos agricultores referente à entrega em desacordo com a lei, como também dos revendedores e fabricantes quanto suas obrigações legais; a educação ambiental com programas e projetos; e a realização de pesquisas para a melhoria do sistema.

“O Estado do Paraná possui uma agricultura muito forte na produção de grãos. Precisamos ter o retorno dessas embalagens ao setor produtivo de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos”, afirmou o coordenador da Divisão de Resíduos Sólidos do IAT, Fernando Bunn. “Trabalhamos fortemente com a educação dos envolvidos para que conheçam a forma correta de limpeza e descarte dessas embalagens. O Paraná é pioneiro no retorno e destinação final daquelas que não podem ser recicladas”, completou o coordenador.

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