Guarapuavanos vão em busca das figurinhas da Copa do Mundo

Em uma tradicional banca da cidade, o primeiro lote acabou em um dia, mas assim que foram repostas, o movimento voltou a ficar grande

Faltando menos de 100 dias para a Copa do Mundo Qatar 2022, o clima de euforia do campeonato mundial de seleções começa a dar as caras em Guarapuava. Por aqui, ele chegou junto com o álbum e as figurinhas dos prováveis selecionados dos 32 países que disputarão a tão sonhada taça a partir de novembro.

A procura tem sido tão grande que comerciantes precisam ficar de olho nos pedidos junto às distribuidoras para não deixar faltar. De acordo com o site oficial da Panini, fabricante do impresso, são 670 cromos, sendo 50 especiais e mais 80 extras.

E apesar de cada pacote custar R$ 4 e o álbum de capa mole R$ 12, os colecionadores e os fãs de futebol não estão se preocupando tanto com a inflação das figurinhas. O sinal disso é a grande movimentação percebida em Guarapuava. O comerciante João Henrique Schmidt, da “Banca do Henrique”, atua desde 1980 e desde então passou por várias Copas do Mundo e viu a procura pelos alguns crescerem ao longo dos anos. “Estamos continuando num sufoco danado, mas aproveitando a Copa do Mundo. Nas edições anteriores, fora 2018, não era tão procurado como de 2018 pra cá. Apesar de ter subido quase que 100% o valor das figurinhas em relação a copa de 2018”, explica.

A banca recebeu a primeira remessa no sábado (20 de agosto), mas vendeu tudo no mesmo dia. “Nós ficamos sem figurinhas na segunda e na terça. Hoje [quarta-feira 24 de agosto] chegou bastante, então a procura está imensa. Não podemos parar um minuto, mas está superando todas as expectativas que nós tínhamos, inclusive mais do que na Copa de 2018”, garantiu.

Conforme Henrique, o novo lote recebido é de cerca de 15 mil figurinhas, mas ele não sabe se até o próximo final de semana haverá cromos disponíveis. No período de meia hora em que o CORREIO ficou na banca, o entra e sai de jovens e adultos foi grande. Até mesmo os motoristas que passavam em frente gritavam para o comerciante perguntando se ainda havia alguns à venda.

Comerciante João Henrique Schmidt atua desde 1980 (Foto: Redação/Correio)

TROCA
O local também é procurado para troca das figurinhas entre os colecionadores. Ali, eles selecionam as repetidas e procuram pelas que ainda não tem. E como há algumas especiais, rola até negociação.

Segundo o comerciante Henrique, o movimento de troca deve aumentar nos próximos dias, já que agora que estão comprando as figurinhas. Mas o espaço já está disponível e sendo usado. “Nas duas Copas anteriores a gente já cedeu o espaço para que todas as pessoas pudessem vir fazer as trocas de figurinhas aqui. A gente estabelece até um horário a noite, mas fica bem à vontade para todos. Sei que muitas pessoas compram figurinhas em outros lugares e vem trocar aqui, mas nós não vamos brigar por isso”, destacou com bom humor.

Estudante do ensino médio, Nicolas é um dos jovens que procurou a banca assim que o novo lote chegou e junto com os amigos já fez a troca das repetidas “É bem divertido”, afirmou. O mesmo fez Gustavo, também estudante. “Eu fiz [troca] na última Copa e em 2014, que foi minha primeira Copa. Fazer a troca é muito legal, fazia tempo que eu não vinha na banca, é uma Copa a cada quatro anos. É muito legal trocar, entretém bastante”, disse.

O professor universitário Welligton Braguini também procurou pelas figurinhas na banca, mas não para ele. E essa é a segunda vez que ele busca os cromos no local desde que o álbum foi lançado. “É para um sobrinho meu que pede para eu passar aqui pegar. Eu já colecionei, já tive álbuns. Agora a gente tem menos tempo para se dedicar a isso, mas os sobrinhos gostam e eu incentivo, eu gosto”, afirmou.

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