Cientistas encontram marcadores para microcefalia causada por zika

Resultados podem contribuir para o diagnóstico precoce da doença

Cientistas do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Oswlado Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro e da Bahia, identificaram um possível biomarcador da microcefalia no plasma de recém-nascidos, expostos ao vírus Zika, quando ainda estavam na barriga da mãe. Biomarcadores são substâncias ou componentes usados como indicador de alguma doença.

A partir da identificação de alterações lipídicas no plasma dos bebês, o estudo traz novas informações sobre a origem e formação da doença e a possibilidade do uso marcadores laboratoriais para acompanhamento e análise da gravidade dos casos. Os lipídios, também conhecidos como gorduras, são uma classe de moléculas biológicas formadas por ácidos graxos e álcool.

De acordo com o estudo, durante o desenvolvimento inicial do cérebro, os lipídios desempenham um papel central no metabolismo, e alterações nessas estruturas podem afetar o desenvolvimento embrionário, especialmente do cérebro e dos olhos.

Os resultados podem contribuir para o diagnóstico precoce e monitoramento da zika congênita, tanto em bebês com microcefalia quanto nos assintomáticos.

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