Chuvas de julho ficam muito abaixo da média e reservatórios da RMC chegam a 49,7%
Sanepar estuda possibilidade de adotar rodízio mais severo a partir da segunda quinzena de agosto. A adesão da população a medidas de economia no consumo de água tem sido fundamental. Nos últimos meses, a economia estava em 15% na média. Em julho, subiu para 18%
O nível médio dos reservatórios do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC) chegou nesta segunda-feira (2) a 49,7%. Esse indicador leva a Sanepar a estudar a possibilidade de implantar um modelo mais rígido de rodízio no fornecimento de água a partir da segunda quinzena de agosto. Atualmente, moradores de Curitiba e Região Metropolitana são abastecidos durante 60 horas de forma contínua, com suspensão no fornecimento de água por 36 horas.
A redução no volume de água reservada ocorre devido aos baixos índices de chuvas durante o mês de julho. Dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) mostram que em julho as chuvas foram de 14,6 milímetros, enquanto a média histórica deste mês é de 92,4 milímetros. Foi quase a metade da chuva de julho de 2020 (26 mm), que já havia sido baixa.
“Esse índice frustrou nossa expectativa de que as chuvas de julho ficariam na média. E os dados meteorológicos não são positivos. Não há previsão de chuvas para esses próximos 15 dias. Estamos fazendo análises técnicas para decidir se será necessário adotar um rodízio mais rígido”, afirma o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.
O rodízio de 60 horas por 36 horas passou a vigorar a partir de 15 de março, quando o nível dos reservatórios estava em 60%. “Poucas chuvas não permitem o armazenamento de água necessário para garantir abastecimento regular. Continuamos vivendo o fenômeno climático da estiagem, então precisamos agir com cautela, assegurando um mínimo de reservação”, destacou.
ECONOMIA DE ÁGUA
A adesão da população a medidas de economia no consumo de água tem sido fundamental. Nos últimos meses, a economia estava em 15% na média. Em julho, subiu para 18%.
O diretor de Meio Ambiente ressalta que novos hábitos de consumo de água devem ser incorporados no cotidiano de forma permanente. “A crise hídrica em decorrência das mudanças climáticas mostra que não faz sentido desperdiçarmos água no dia a dia. Os novos hábitos de uso consciente deste bem, tão precioso e finito, devem fazer parte de nossa vida.”