Gaeco cumpre ordens de busca em Guarapuava e mais 13 cidades

O grupo investiga o envolvimento de policiais civis em possíveis crimes; em Guarapuava os agentes fizeram buscas em uma sala da 14º SDP

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná, juntamente com a Corregedoria da Polícia civil, cumpriu nesta quarta-feira, (1º de junho), 26 mandados de busca e apreensão em 13 cidades do Paraná e uma de Santa Catarina. A ação é um desdobramento da Operação Aboiz, desencadeada em 30 de abril de 2019 para investigar possíveis delitos cometidos com a participação de policiais civis. São apurados os crimes de corrupção passiva, estelionato, prevaricação e associação criminosa.

Conforme investigações do Gaeco, um empresário manteria uma empresa de recuperação de automóveis furtados que “encontrava”. Para isso, ele contaria com o auxílio de agentes da Polícia Civil, que passariam previamente os dados dos veículos para o líder da organização. Entre os alvos dos mandados, estão um delegado, quatro escrivães e cinco investigadores da Polícia Civil.

O Juízo da 2ª Vara Criminal de Guaíra, que expediu as ordens judiciais, determinou ainda a suspensão das atividades econômicas da empresa investigada e o afastamento das funções de quatro policiais civis, incluindo um delegado (os quais só poderão exercer atividades administrativas). As investigações começaram quando se verificou que um veículo apreendido na cidade de São Mateus do Sul fora restituído ilegalmente, que a restituição irregular teve participação de policiais civis da Delegacia de Guaíra e de Marechal Cândido Rondon.

Os mandados foram cumpridos em seis delegacias de polícia, um escritório de advocacia, uma empresa e diversas residências em Curitiba, São José dos Pinhais, Piraquara, Toledo, Foz do Iguaçu, União da Vitória, Altônia, Guarapuava, Matinhos, Ponta Grossa, Pontal do Paraná, Pinhais e Umuarama, além de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Foram apreendidos celulares, documentos (alguns deles falsificados) e valores.

GUARAPUAVA

Em informações repassadas à imprensa na manhã desta quarta-feira (1º), o delegado chefe da 14º Subdivisão Policial (SDP) de Guarapuava, Dr. Rubens Miranda, afirmou que foi cumprido um mandado de busca na sala de um investigador, mas segundo o delegado, nada foi encontrado. 

No entanto, conforme Rubens Miranda, ele não acredita no envolvimento do profissional, afirmando ser um investigador que tem se destacado e que nunca teve qualquer resquício que maculasse o nome dele. “É uma pessoa que que tem vestido a camisa, é uma pessoa que às vezes não tira férias, folga e infelizmente teve seu nome nesta operação”, disse. 

***MPPR com edição

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