Tendo o diálogo como pauta, Filipe Barros se coloca como pré-candidato no Paraná

Em entrevista ao CORREIO, ele afirma que o pedido para concorrer ao Governo veio do presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem é próximo; Barros atualmente é deputado federal

O deputado federal Filipe Barros (União Brasil) anunciou, em janeiro de 2022, sua pré-candidatura ao Governo do Paraná. Em entrevista ao CORREIO, ele afirma que o pedido para concorrer veio do presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem é próximo.

“O Flávio [Bolsonaro], filho do presidente, me ligou e me questionou se eu toparia sair pré-candidato ao governo do Paraná para termos um palanque do presidente aqui no estado”, citando que faz parte do grupo de apoio a Bolsonaro desde 2016, quando foi eleito vereador em Londrina. “Diante desse pedido do Flávio, eu encarei esse desafio”.

Neste momento, Barros diz que está trabalhando em duas frentes de articulação. A primeira diz respeito à sua filiação partidária. Se confirmada a disputa pelo Executivo Estadual, o deputado deve ingressar no Partido Liberal (PL), o mesmo do presidente.

“Como tem um prazo de filiação até abril, até essa data eu escolherei o partido e vou tomar essa decisão de acordo com o presidente. Se for bater o martelo na candidatura ao governo, como está se desenhando, eu vou para o PL”, explica.

O prazo até abril, citado pelo pré-candidato, diz respeito à janela partidária, que fica aberta de 3 de março até 1° de abril e que permite a mudança de legenda sem que isso implique em infidelidade partidária e consequente perda de mandato.

“E a outra frente é a própria estruturação da campanha no estado, conversando com lideranças políticas e empresariais. A gente tem feito esse trabalho de articulação no estado para fazer a base necessária de campanha”, acrescenta.

Atualmente, o cenário da eleição estadual se desenha com quatro nomes: o atual governador, Carlos Massa Ratinho Jr. (PSD), o ex-governador Roberto Requião (sem partido), o ex-prefeito de Guarapuava, Cesar Silvestri Filho (PSDB), e o deputado federal Filipe Barros (União Brasil).

Barros diz que está trabalhando em duas frentes de articulação (Foto: Arquivo/Assessoria)

ELEIÇÕES
De acordo com o deputado federal, a diferença da eleição municipal de 2020, quando foi cogitada uma disputa pela Prefeitura de Londrina, e a deste ano, para o governo estadual, é justamente o pedido vindo de Brasília.

“Hoje existe esse pedido, através das pessoas que estão fazendo a coordenação de pré-campanha dele, para que haja esse palanque estadual. É a necessidade de termos um palanque do presidente”, diz Barros. “Segundo ponto: naquele momento da eleição municipal, estávamos vivendo, talvez, o ápice daquela guerra partidária do PSL”.

DEMANDAS
Em um eventual governo, Barros afirma que terá como marca o diálogo com lideranças políticas e empresariais paranaenses. Ele cita a necessidade de um alinhamento dos prefeitos, vereadores e grandes empresas, por exemplo, com o governador.

“É só através do diálogo que a gente consegue gerar emprego. É através do diálogo que conseguimos saber quais são as demandas de cada uma das 399 cidades do Estado”, argumenta Barros. O pré-candidato também cita a necessidade de fazer um reajuste imediato aos policiais militares e desfazer a unificação do IDR-Paraná.

TRABALHO
No Congresso Federal, Barros diz que teve a oportunidade de ser escolhido como representante do PSL nos principais temas de debate nacional na Câmara dos Deputados, como as reformas da Previdência e Tributária, e a CPMI das Fake News. Também, foi primeiro vice-líder do partido em 2019.

No seu ponto de vista, esse trabalho o aproximou do presidente e permitiu estar próximo das grandes lideranças do Congresso “lutando pelo Paraná, mas também trabalhando em Brasília pelos principais pontos e principais reformas que a gente votou nesses últimos anos”.

NACIONAL
A nível nacional, as últimas pesquisas indicam uma disputa direta entre o presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição, e o ex-presidente Lula, que tenta seu terceiro mandato.

Na avaliação do deputado federal, a tendência é uma diminuição na distância da disputa, sobretudo com a melhora do cenário da pandemia da Covid-19.

“E na minha e na nossa visão, de acordo com as pesquisas que a gente tem feito, isso vai se intensificar nas próximas semanas. O presidente vai voltar naturalmente a crescer, e o Lula vai começar a cair nas pesquisas”, afirma.

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