Maioria apoia restrições de circulação para conter pandemia, indica DataSenado

A amostra representativa foi feita nos dias 18 e 19 de março, por meio de entrevistas por telefone com mil brasileiros, com idade acima de 16 anos, de todas as regiões do país.

Três em cada quatro brasileiros concordam que a circulação de pessoas em locais públicos deve ser restringida no atual momento da pandemia de covid-19. É o que indica pesquisa do Instituto DataSenado que avaliou a opinião das pessoas sobre as medidas impostas pelos estados e municípios para conter a disseminação do coronavírus.

Para 78% dos entrevistados, a circulação de pessoas em locais públicos deve ser limitada. Entre esses, 51% acham que a restrição deve ocorrer o dia todo, o chamado lockdown. Para outros 45%, a restrição deve ser menos rígida, durante apenas parte do dia.

A amostra representativa foi feita nos dias 18 e 19 de março, por meio de entrevistas por telefone com mil brasileiros, com idade acima de 16 anos, de todas as regiões do país. Segundo o DataSenado, as perguntas dirigidas permitem estimativa de confiança do estudo em 95%. 

COMÉRCIO FECHADO

As limitações ao comércio têm apoio de 54% da população. Nesse grupo, as opiniões também se dividem: 51% defendem o fechamento parcial, durante apenas algumas horas do dia, e 47% apoiam o fechamento total do comércio durante o dia todo.

A maioria dos brasileiros também acha que restrições devem ser impostas ao funcionamento de escolas (72%) e igrejas (61%). 

RISCOS

Em relação a levantamento realizado em maio de 2020, a maioria da população continua a manifestar pouca segurança em frequentar shoppings, feiras, bares e restaurantes. No entanto, em geral, houve diminuição na parcela da população que afirma se sentir “nada segura” em frequentar esses locais.

A pesquisa também mostra que brasileiros continuam a considerar que há muito risco de contaminação em locais como academias, áreas de lazer, escolas e faculdades.

Em relação a bancos e transporte público, verifica-se alta no percentual de brasileiros que acham que são locais onde há muito risco de contágio do coronavírus. 

MEDO DO VÍRUS

Segundo os resultados da pesquisa, 64% dos brasileiros afirmam sentir muito medo do coronavírus. Além disso, nota-se que mulheres reportam “muito medo” com maior frequência do que homens — bem como desempregados que estão à procura de trabalho, em relação à parcela da população que está empregada. 

Em cada dez brasileiros, sete acham que este ano está pior do que 2020. E a maioria acredita que tanto a crise econômica quanto a crise na saúde vão piorar nos próximos três meses. Também cresceu o percentual de brasileiros que afirmam que a pandemia está afetando muito a própria vida, em comparação à pesquisa realizada em julho de 2020. 

CAMPANHAS

Mais de 90% dos brasileiros acham importante a realização de campanhas sobre a necessidade do uso de máscaras, da vacinação e do distanciamento social como forma de conter a disseminação do coronavírus, mostra a pesquisa.

Em relação às medidas de precaução adotadas pessoalmente com mais frequência, os brasileiros apontam lavar as mãos (93%), usar máscara (86%) e usar álcool em gel (77%). Além disso, 59% evitam ir a locais com muitas pessoas. 

ACESSO A VACINAS

No início de março, a Lei 14.125, de 2021, passou a permitir a compra de vacinas por estados, municípios e empresas privadas. Metade da população ouvida pelo DataSenado afirma saber sobre a lei, originada de uma proposta do Senado, e a maioria acha importante que os outros entes federativos (88%) e o setor privado (81%) também possam adquirir vacinas, além do governo federal. Com essa medida, o processo de vacinação da população vai ser mais rápido, acreditam 84% dos brasileiros. 

(Reportagem: Agência Senado/com revisão).

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