Em Guarapuava, Deltan Dallagnol e Fábio Oliveira apresentam projetos anticorrupção

Em entrevista ao CORREIO, os apoiadores do 200+ e 20+ apontaram como os movimentos pretendem eleger políticos preparados e comprometidos com algumas pautas

Guarapuava sediou nesta segunda-feira (27) o lançamento do projeto 20+ apoiado pelo engenheiro guarapuavano Fábio Oliveira e pelo ex-coordenador da operação Lava Jato Deltan Dallagnol. O encontro ocorreu na Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava (Acig), onde também foi apresentado o 200+.

O 20+ tem como objetivo eleger deputados estaduais no Paraná, comprometidos com a pauta anticorrupção e tem como premissas o compromisso com a transparência, a real fiscalização do executivo, legislativo e judiciário e a preparação política. Já 200+ (visite o site www.200mais.com) é um movimento a nível nacional que quer levar ao Congresso Nacional, deputados e senadores que apoiem a redução ou extinção do fundo eleitoral, o combate à corrupção com o fim do foro privilegiado e também se comprometam a se preparar politicamente para o exercício de suas funções.

Em visita ao CORREIO, Fabio e Deltan destacaram as suas impressões sobre a apreciação dos projetos pelos guarapuavanos. “Tem sido um prazer vir para Guarapuava e ver a empolgação das pessoas, a vontade de gerar a transformação que a gente quer, construir a mudança que a gente quer ver no Brasil a partir das nossas mãos. Eu acredito que é só assim que a mudança vai vir. Especialmente as mudanças mais difíceis, pelas quais a gente luta. Enquanto a gente não valorizar isso, a gente não vai ter políticos preparados para enfrentar os desafios do país”, afirmou o ex-procurador da república Dallagnol.

Fabio Oliveira disse que tem percebido uma receptividade do guarapuavano, que além de entender a importância do projeto, de investir tempo para ouvir sobre, também compreende que se trata de uma ação que “mostra uma luz no fim do túnel”. “Nós tivemos uma renovação considerável na última eleição, mas a renovação por si só não quer dizer nada. E nós podemos ver o resultado desses últimos quatro anos, a nível de legislatura foi pífio. E o que a gente percebe através do 20+ e 200+ é que não é uma renovação por si só, mas promovendo qualidade e com princípios muito bem estabelecidos que o pré-candidato vai ter que se comprometer”, reiterou o engenheiro.

A adesão a ideia não tem sido apenas de Guarapuava, cidade escolhida para dar o pontapé inicial do 20+. Os dois apontam que em visita a outros municípios, têm observado uma articulação própria de pessoas que querem promover e divulgar os projetos. Em Guarapuava, a Acig assumiu um compromisso de incentivo ao 20+ e 200+.

Ex-coordenador da operação Lava Jato Deltan Dallagnol (Foto: Redação/Correio

APOIO
Deltan Dallagnol e Fábio Oliveira não são os responsáveis pelos projetos, mas apoiadores. E deixam claro que se trata de ações apartidárias. Ambos são pré-candidatos a deputado federal e estadual e recusam qualquer afirmação de que a divulgação seja como um palanque político. “O Deltan e eu entendemos que os deputados que estiverem no 200+, assinando o compromisso, a gente não entende eles como concorrentes, mas sim pessoas que estão se comprometendo em uma pauta mínima e que querem realmente fazer a diferença, tanto para o Estado do Paraná, quanto para o Brasil”, afirmou Fabio.

Conforme Dallagnol, a leitura de pessoas que estão há mais tempo na política e que conversar com ele sobre o projeto, é de que como pré-candidato, ele já tem uma visibilidade e um apoio muito grande. “Quando eu direciono essa visibilidade para um projeto apartidário, que não se vincula a mim, mas a um grande número de pessoas, na verdade o que eu estou fazendo é redirecionar o foco para a causa, para princípios, para valores, mas que vai repercutir positivamente sobre a esfera de uma série de outros pré-candidatos que também são bons. É o que eu quero fazer. Eu não vejo pessoas boas que queiram ir ao Congresso Nacional como concorrentes, eu os vejo como aliados”, explicou.

Para Deltan, os partidos deveriam ser formadores de bons políticos, mas isso não ocorre na maioria das legendas, e a partir da visão dele, é necessário contribuir para formação de bons quadros e por isso a adesão e apoio da divulgação dessas causas apartidárias.

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