Região teve três mortes em confrontos com policiais no 1° semestre

De acordo com números divulgados pelo Ministério Público, através do Gaeco, Pinhão teve duas ocorrências, em abril e junho, e Prudentópolis registrou um caso em abril; Curitiba foi o município paranaense com maior número de casos, chegando a 32 no período

Um balanço divulgado pelo Ministério Público (MP-PR), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apontou uma queda de 9,5% no número de mortes em confrontos com policiais no 1° semestre no Paraná. Foram 162 neste ano, contra 179 no mesmo período de 2018.

Esses dados incluem as ocorrências envolvendo policiais militares (157), policiais civis (4) e guardas municipais (1) em todo o território paranaense.

A nível regional, Guarapuava não registrou nenhum caso de morte de cidadão envolvendo agente público. Porém, os municípios de Pinhão, com duas ocorrências, e Prudentópolis, com uma morte computada, entraram na estatística.

De acordo com o MP-PR, o acompanhamento das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte da estratégia de atuação do órgão, tendo como objetivo diminuir a letalidade desse tipo de abordagem. As iniciativas do Ministério Público são constantemente discutidas com representantes da Secretaria de Estado da Segurança Pública, da Polícia Civil e da Polícia Militar, apontou o MP-PR.

Em números gerais, as cidades com maior ocorrência de mortes foram Curitiba (32), Londrina (25), Almirante Tamandaré (8), São José dos Pinhais (8), Ponta Grossa (5) e Sarandi (5).

COMPARAÇÃO

No ano passado, foram registradas 327 mortes em confrontos com agentes públicos no Paraná, sendo 148 ocorrências no primeiro semestre, e 179 no segundo. Isso representou um aumento de quase 19% em relação a 2017.

Segundo dados do MP-PR, a região contabilizou 22 casos ao longo de 2018, sendo que os municípios de Goioxim (1), Candói (5), Palmital (2), Pinhão (3), Pitanga (3), Prudentópolis (1), Rio Bonito do Iguaçu (2) e Guarapuava (5) entraram na estatística.

O controle feito pelo MP-PR é o primeiro passo para a garantia de que nenhuma morte ocorrida em confronto policial fique sem investigação e, na eventualidade de uma execução, os responsáveis sejam punidos, afirmou à época o procurador de Justiça e coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti. Também tem um caráter preventivo, uma vez que, semestralmente, os relatórios são entregues aos comandantes das polícias, oportunidades em que são discutidas medidas conjuntas que possam evitar que tais situações continuem ocorrendo, completou.