Professores decidem suspender greve na Unicentro

Em assembleia realizada pelo Adunicentro nesta quinta-feira (8) nos campi Santa Cruz e Irati – este por videoconferência -, os docentes da instituição optaram pela volta às aulas, que deve ocorrer na próxima segunda-feira (12)

Após seis semanas de paralisação, os professores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) optaram por suspender o movimento de greve. A decisão foi tomada em uma assembleia do Sindicato dos Docentes da Unicentro (Adunicentro), realizada nos campi Santa Cruz e Irati, nesta quinta-feira (8).

A votação para decidir os rumos da movimentação foi acirrada: 54 professores votaram pela volta às aulas, enquanto 45 foram contra. Depois, 57 docentes foram a favor da suspensão, e não do encerramento da paralisação.

Durante a reunião, também ficou definido que o retorno às atividades ocorrerá somente na próxima segunda-feira (12).

Além da reivindicação pelo pagamento de um reajuste de 17,4%, que corresponde aos valores da data-base atrasados desde 2016, a pauta das instituições de ensino superior também tem como foco a nomeação dos aprovados em concursos públicos, a abertura de mais processos seletivos e o arquivamento da Lei Geral das Universidades (LGU). 

REAJUSTE

Ao funcionalismo, o governador Carlos Massa Ratinho Jr. garantiu um reajuste de 5,08% parcelado, com uma primeira parcela de 2% liberada em janeiro de 2020, e outras duas de 1,5% pagas em 2021 e 2022. 

Além disso, nesta quarta-feira (7) o governo solicitou a retirada do Projeto de Lei Complementar (PLC) n° 04/2019, que estabelecida condições para progressões, promoções e data-base, e que estava em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

BALANÇO

Na avaliação do presidente do Adunicentro, Geverson Grzeszczeszyn, o movimento dos professores saiu vitorioso e fortalecido, já que a categoria conseguiu, através da greve, tornar públicas suas reivindicações junto à comunidade acadêmica e sociedade. 

A decisão foi tomada em uma assembleia do Adunicentro (Foto: Douglas Kuspiosz/Correio)

Um dos pontos ressaltados pelo docente foi a resposta formalmente enviada pela administração estadual sobre as pautas da categoria, mesmo embora praticamente não atendidas como almejávamos, frisa. 

Houve uma ampla adesão por parte de professores e, posteriormente, também pelo movimento estudantil, o que denota a legitimidade do movimento grevista na universidade, completa. 

Em relação ao resultado da assembleia, Geverson afirmou que foi uma decisão democrática como precisa ser, e garantiu que o sindicato solicitará, via ofício à Reitoria, adaptações no calendário acadêmico para que professores e alunos não saiam prejudicados.Após debate e considerações, nós tivemos a votação pela suspensão da greve a partir do dia 12 de agosto, finaliza. (Reportagem e foto: Douglas Kuspiosz/Correio).