Pré-inscrição do Batel é indeferida para arbitral da Divisão de Acesso; clube deve ser rebaixado

Com esse resultado, o Rubro-Negro da Baixada fica suspenso de competições de base e só pode disputar o Campeonato Paranaense da Terceira Divisão deste ano mediante o pagamento de uma taxa de R$ 80 mil

A situação da Associação Atlética Batel é delicada na temporada atual. Na pior das hipóteses, o clube guarapuavano será impedido de participar do Campeonato Paranaense da 2ª Divisão (a popular Divisão de Acesso), sendo automaticamente suspenso e rebaixado para a Terceirona.

Segundo a 1ª tesoureira da nova diretoria batelina, Kelen Daiane Ramos de Siqueira, o Batel teve sua pré-inscrição indeferida para participar da reunião do conselho arbitral, marcada para esta quinta-feira (23), em Curitiba. Com isso, o Rubro-Negro da Baixada estará impedido de disputar a Divisão de Acesso neste ano.

É que o Batel deveria ter pago um boleto bancário para quitar uma taxa da Federação Paranaense de Futebol (FPF). Siqueira explica que o clube guarapuavano emitiu o documento dentro do prazo, nesta terça-feira (21 janeiro), mas não teve sucesso em pagá-lo. Eu consegui imprimir o boleto para pagar era cinco e meia da tarde. O prazo era sete horas [19h], acrescentando que a demora na impressão da taxa se deve à demora da federação em dar uma resposta.

Com o boleto em mãos, começou a saga da tesoureira. Ela conta, em entrevista ao CORREIO, que tentou de todas as formas quitar o valor de R$ 6 mil até o período das 19h. Na hora de pagar o boleto [na terça-feira], não consegui. Por causa da lei, do ano passado, de que todos os boletos devem ser registrados pelo banco, alegando que o material emitido no sistema online da FPF não tinha registro em banco.

Siqueira recorda que apresentou outras alternativas, como, por exemplo, transferência bancária para a conta da federação. Mas nada foi aceito. A Federação nos impediu de pagar.

Ela ainda destaca que o Batel tem dinheiro em caixa para pagar a taxa; inclusive, o clube está com um investidor garantido para disputar a Segundona em 2020.

RECURSO

Diante dessa situação, a tesoureira revela que a diretoria batelina fará o pagamento do boleto e entrará com um recurso jurídico. Até a manhã desta quarta-feira (22), ela disse que o advogado ainda estava estudando o melhor caminho. Um deles seria impugnar o arbitral marcado para quinta-feira (23).

Nós sermos rebaixados porque nós tínhamos o dinheiro para pagar e não conseguimos pagar o boleto no banco?! É inadmissível isso!, diz a tesoureira.

Siqueira lamenta, pois sem a resolução desse imbróglio, o Batel estará automaticamente rebaixado para a Terceira Divisão e impedido durante um ano de participar das competições que envolvem as categorias de base.

A temporada de 2020 estaria praticamente encerrada para o clube guarapuavano. A tesoureira explica que a participação na Terceirona neste ano está condicionada ao pagamento de uma taxa de retorno, no valor de R$ 80 mil.

MUDANÇAS

Com base em uma conversa com o presidente da FPF, Hélio Pereira Cury, Kelen Daiane Ramos de Siqueira diz que a Divisão de Acesso terá três mudanças na composição dos clubes que podem participar: o Araucária assumirá a vaga do Foz do Iguaçu, que se licenciou de competições; o AA Iguaçu (de União da Vitória) no lugar do Arapongas, que não teve dinheiro para quitação de taxa; e o Azuriz FC na vaga do Batel.

Os outros clubes participantes são: Andraus Brasil, Apucarana Sports, Independente São Joseense, Maringá FC, Nacional, Prudentópolis FC e REC.

OUTRO LADO

A reportagem do CORREIO entrou em contato com a assessoria de imprensa da FPF. Mas, até o horário de 18h20 desta quarta-feira (22 janeiro), a federação ainda não havia se pronunciado sobre o caso.