Possível candidato, Nieckars acredita que é preciso industrializar Guarapuava
Cotado para concorrer à Prefeitura no ano que vem, o emedebista fala sobre a sua experiência política, sobre as carências da região e apresenta propostas em temas como Saúde, Segurança Pública e Educação
O advogado e economista João Nieckars (MDB), apesar de não se enquadrar em nenhum grupo de poder hegemônico na terra do lobo bravo, vem se apresentando como uma via alternativa na política há alguns anos. Em 2016, quando tentou se eleger prefeito, ficou em 3° lugar, somando 4.397 votos (4,56%). Dois anos mais tarde, concorrendo a deputado federal, fez 5.127 votos (0,09%).
Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), a tendência é que Nieckars assuma futuramente a presidência do diretório do partido em Guarapuava, e venha a disputar o próximo pleito municipal pela legenda em 2020.
Ele coloca o fato de ter conhecido melhor o município, tanto as agruras quanto os benefícios de se morar em Guarapuava, como o ponto mais positivo de suas duas candidaturas anteriores. A falta de alternância política, por outro lado, foi o aspecto negativo. Não é uma frustração em relação ao resultado, mas sim à agilidade que eu gostaria que a cidade se desenvolvesse, pontua.
Nesse sentido, Nieckars deve se unir a nomes como o vereador Professor Serjão, atualmente no PT, o professor e analista político Cláudio Cesar de Andrade, o ex-vereador Cleto Tamanini, Dr. Antônio França Araújo e o ex-vereador Dr. Geraldo Pacheco para fazer o MDB ocupar o Executivo e o Legislativo.
CARÊNCIAS
Na visão do possível candidato, Guarapuava tem um problema central que deve ser enfrentado: a renda. Nieckars diz que o município pode ser considerado subdesenvolvido, e que está localizado em uma microrregião classificada por ele como o bolsão de pobreza do Paraná.
Essa microrregião é onde o Índice de Desenvolvimento Humano é um dos mais baixos. Nós temos a menor renda per capita, e a menor industrialização. Nossa renda chega a ser 50% da renda per capita de outros municípios, muito mais desenvolvidos, como Maringá e Londrina, aponta.
João vê que é necessário dar pujança para a economia, e, através da administração municipal, desenvolver um planejamento de industrialização e desenvolvimento, buscando agregar valor aos produtos que são produzidos na região, como carne, soja, milho e trigo.
ÁREAS
Na visão de Nieckars, é necessário manter elementos que possam atrair professores de qualidade para o ensino público, como um salário atrativo e o cumprimento da data-base, dentro de um projeto de valorização da profissão.
Além disso, ele acredita que o município deveria focar os seus esforços e investimentos no ensino fundamental, enquanto que o Governo do Estado mantém a gestão do ensino médio. É preciso entender quais são as carências e se focar no ensino fundamental, que é quando a escola precisa estar mais próxima do aluno, diz, ressaltando que esse seria um cenário perfeito.
Em relação à Segurança Pública, o emedebista classifica como um caos a situação da área na região. A falta de uma casa de custódia e a precariedade do cadeião são os principais problemas.
Para resolver a questão, ele acredita que seria necessária uma busca por investimentos estaduais para trazer viaturas, agentes e obras na área, como a construção de uma nova cadeia pública. O município pode ingressar com a guarda municipal e outros mecanismos de controle e segurança integrados com o Estado, pontua.
Já para a área da Saúde, João vê que a abertura do Hospital Regional será positiva, mas ele ressalta que é preciso que 100% do potencial da unidade hospitalar seja explorado.
Ele avalia que a falta de agilidade para a realização de exames como um dos principais gargalos na área, e acredita que o município precisa melhorar a prestação desse serviço. O estrangulamento está ocorrendo no número de leitos e nos exames.