Oito discos importantes de 1998

Série especial abre espaço para matérias nostálgicas sobre discos produzidos em anos que terminam com o número oito. No segundo episódio de ‘Disco Infinito’, o período de 1998, que legou obras como “Você não sabe quem eu sou” e “Americana”

Noventa e oito. Vinte anos atrás, a mídia do CD (compact disc) dominava o mercado fonográfico do Brasil. O vinil e o K7 não tinham mais o mesmo espaço de antes. Ironia do destino, os tempos atuais vivem o ocaso do disquinho digital e o retorno em alto estilo do LP, aliado às fitinhas.

No segundo episódio da série nostálgica do CORREIO, Disco Infinito, uma lista com oito trabalhos produzidos no longínquo ano de 1998, tanto nacional quanto internacional. Lembrando que o nome do especial é uma referência à posição do 8 quando deitado (?), que lembra o símbolo do infinito. A série também tem vídeos publicados às sextas-feiras, pelo canal TV Correio – site do jornal, YouTube e Facebook.

A partir de agora, uma lista com oito registros, com base no gosto da equipe do #curta!.

PARALAMAS

A primeira lembrança que vem à mente quando se fala de Hey Na Na é o clipe Ela disse adeus, que tocou infinitas vezes durante a programação da saudosa MTV Brasil. Com toques de cinema mudo e expressionismo alemão, o material é um verdadeiro curta-metragem de Os Paralamas do Sucesso.

O CD ainda tinha as faixas Depois da queda, o coice e O amor não sabe esperar, com a voz marcante de Marisa Monte.

HALEN

Em 1998, o Van Halen tinha um novo vocalista: Gary Cherone. Pobre rapaz, durou apenas um disco na linha de frente do palco: Van Halen III.

Fracasso comercial, o CD legou o hit Without You, que tocou bastante na MTV Brasil. Cherone não era ruim, mas os fãs e o humor de Eddie Van Halen (o virtuoso e temperamental guitarrista) não tiveram paciência.

PATO

Quem diria, a banda mineira Pato Fu se rendia ao pop em Televisão de Cachorro. O álbum lançado em 1998 trouxe hits que conquistaram o grande público: Antes que seja tarde, Canção pra você viver mais e a nova versão de Eu sei (da Legião Urbana).

Mas as batidas e os arranjos se mantiveram fiéis ao estilo Pato Fu de ser.

KISS

O Kiss dispensa apresentações. Trata-se simplesmente de uma das maiores bandas do rock mundial. Claro que, pra muita gente, o grupo liderado por Paul Stanley e Gene Simmons tem apenas qualidades mercadológicas.

Em 1998, o Kiss lançou Psycho Circus, cuja faixa-título tocou bastante entre os fãs e possibilitou uma megaturnê mundial que passou pelo Brasil no ano seguinte. Comparado aos discos memoráveis da banda, é mais fraco.

SKANK

Resposta, Mandrake e os Cubanos e Saideira. Uma balada, uma historinha e uma dançante. Assim era Siderado, disco lançado pelos mineiros do Skank em 1998. Após o sucesso de O Samba Poconé (1996), o quarteto apareceu com um CD produzido pelos ingleses John Shaw e Paul Ralphs.

OFFSPRING

O punk rock norte-americano nunca foi tão pop e sem nexo com o The Offspring nos anos de 1990.

Após o sucesso de Ixnay On The Hombre (1997), a banda lançou no ano seguinte Americana. Sem dúvida, é um de seus maiores sucessos fonográficos, por conta de hits como Pretty Fly (For A White Guy).

IRA

O quarteto paulistano Ira! radicalizou em 1998. Misturando bases pesadas de rock e batidas de música eletrônica, Você não sabe quem eu sou é um CD maldito, ou seja, ignorado pelo grande público e polêmico entre os críticos.

No entanto, é provavelmente o disco mais pesado e esquisito da banda, com canções como Às vezes (de vez em quando) puxando a fila dos petardos sonoros. Dizem que o disco é uma radicalização do excepcional guitarrista Edgard Scandurra.

MADONNA

Sempre antenada com as novidades sonoras, a diva do pop Madonna deu uma guinada de 180º na direção da música eletrônica (e seus correlatos) em Ray of Light.

De Ray of Light surgiram cinco singles oficiais, dos quais “Frozen” e a faixa-título se tornaram sucessos internacionais.