Oficina propõe utilizar celulares para produção cinematográfica

A forma como a indústria cinematográfica se organizou nas últimas décadas nos transformou em consumidores vorazes de filmes hollywoodianos. Desde a televisão aberta até a fechada, passando pelo circuito comercial de cinema em quase todas as cidades, a grande maioria dos longas-metragens é produzida nos Estados Unidos.

E, geralmente, vendo na telona os milhões de dólares que são investidos em cada um deles, é normal que muitas pessoas acreditem que o cinema é uma arte que precisa, além de talento, de muito dinheiro. Contudo, a oficina Cinema de Bolso, idealizada pelo professor da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) Francismar Formentão, e realizada com ajuda de acadêmicos, propõe mudar isso.

O objetivo do curso é mostrar às crianças e aos jovens da comunidade da Vila Jordão que para se fazer um filme é necessário apenas uma boa ideia na cabeça e um celular na mão, parafraseando o cineasta brasileiro Glauber Rocha, que encabeçou o Cinema Novo, movimento cinematográfico caracterizado, também, pelo baixo investimento.

“Neste curso nós faremos produções de curta-metragem, provavelmente com temática de ficção científica. É a mesma oficina que fizemos em 2017 no bairro Morro Alto”, explicou Formentão. Na ocasião, a oficina rendeu dois filmes feitos pelas crianças atendidas pelo Cras da comunidade. 

INSCRIÇÕES

As atividades e as inscrições devem ser feitas exclusivamente do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Volante da Vila Jordão, que fica na rua Emília da Cruz, ao lado da Escola Municipal Enoch Tavares. Elas ficarão abertas até o dia 28 de fevereiro e são gratuitas.

De acordo com Francismar, o curso será realizado aos sábados, começando no dia 3 de março, no período da tarde, das 13h às 17h. Será fornecido lanche.

As aulas vão proporcionar uma noção teórica e prática do cinema, e serão produzidos curtas-metragens nas atividades.